O chefe de governo espanhol disse não saber porque é que em cinco segundos a rede espanhola teve um aumento abrupto da tensão, correspondente a 60% da procura. O apagão desta segunda-feira atingiu as 15 regiões autónomas da Espanha continental.
Em declarações ao país, Pedro Sanchéz diz ainda não saber as causas para o apagão e que neste momento “não descarta qualquer hipótese ou possibilidade”.
Às 12h33 de Espanha, menos uma hora em Portugal, durante cinco segundos “subitamente” houve uma perda de 15 gigawatts de energia que estava no sistema, o que corresponde a 60% da energia consumida em Espanha.
Em Espanha também a rede está a ser reposta com ajuda de França e Marrocos, encontrando-se restabelecida a 50%. O líder socialista lembrou que esta situação nunca aconteceu e que neste momento todas “as instituições do Estado e operadores” estão a trabalhar em conjunto para perceber as causas.
Em Espanha, Sánchez também convocou as forças armadas para reforçar a segurança durante a noite. “A noite vai ser longa”, afirmou.
Segundo Sánchez, todos os hospitais estão também a funcionar e foram acionados serviços de apoio domiciliário e outros a pessoas com necessidades especiais.
Depois de insistir várias vezes em que se desconhecem as causas do apagão, Sánchez apelou à responsabilidade dos espanhóis e alertou para a desinformação que está a circular.
Em concreto, pediu aos cidadãos para seguirem apenas “informação oficial” e para não partilharem outra, de “duvidosa procedência”.
O líder do Governo espanhol pediu ainda para serem reduzidas “ao mínimo” as deslocações e para haver uma “utilização responsável do telemóvel”, com chamadas curtas, atendendo às perturbações nas comunicações, sem recurso à linha de emergência 112, a menos que seja “realmente necessário”.
Revelou ainda que o Governo espanhol tem estado em contacto com os parceiros e as instituições europeias, assim como com a NATO (a aliança de defesa entre países da Europa e da América do Norte).