Marcelo Rebelo de Sousa fez o seu último discurso na sessão solene do 25 de Abril na Assembleia da República enquanto Presidente da República.
Começou por lembrar o “contributo” de Ramalho Eanes, agradecendo a sua presença assim como a dos Capitães de Abril e deputados da Constituinte.
O chefe de Estado aproveitou também para destacar o facto de esta ser a primeira vez que a celebração acontece com um “Parlamento dissolvido” e em pleno período de luto nacional, na sequência da morte do Papa Francisco.
“O 25 de Abril nasceu num ambiente social muito tenso”, afirmou, questionando: “Como não encontrar nos apelos de Francisco alguns dos mesmos dramas?”.
O Presidente da República abordou a questão dos imigrantes com direitos e liberdade “suprimidos” e comparou as preocupações expressas pelo Papa Francisco com as lutas de Abril.
E recordou o apelo de Francisco ao “desapego total”, “sem recusas, sem intolerâncias, sem fronteiras entre puros e impuros”.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ainda que a celebração do 25 de Abril deva ser “mais encarnação do que afirmação de missão já servida. Mais futuro do que passado, para que não se confunda o fundamental com o acessório”.
A terminar, disse: “25 de Abril sempre, o pleno e descomplexado abraço a todas as pessoas e a radical humildade que nos ensinou Francisco”, termina.