A longa odisseia de Vishnu

A longa odisseia de Vishnu


A estátua originalmente mostraria Vishnu a repousar em cima de uma serpente no oceano da eternidade. Os olhos e as sobrancelhas seriam incrustados com pedras preciosas.


Mesmo deitado, este Vishnu de bronze não tem tido descanso. Fundido algures entre os séculos XI e XII, conta-se que foi encontrado em 1936 pelo arqueólogo francês Maurice Glaize, na sequência de um camponês ter tido um sonho em que o Buda lhe pedia para o libertar. Chegados ao local, depois de lhe tirarem a terra de cima, afinal revelou-se antes uma divindade do panteão hindu , mas isso pouco importa. Em 1950 foi levado para o Museu Nacional do Camboja, em Phnom Penh, onde esteve exposto durante décadas.

Recentemente, viajou para França e foi submetido a um minucioso processo de restauro, no laboratório Arc’Antique, em Nantes. Agora repousa, por alguns meses, no Museu Guimet, em Paris, antes de regressar a casa.

A estátua originalmente mostraria Vishnu a repousar em cima de uma serpente no oceano da eternidade. Os olhos e as sobrancelhas seriam incrustados com pedras preciosas.

Dessa figura, com cinco metros de altura, hoje resta apenas a parte superior – que mesmo assim mede dois metros e qualquer coisa.