Os operacionais envolvidos este ano no combate aos incêndios vão diminuir, estando previstos para os meses mais críticos 11.161, menos 2.994 do que em 2024. No entanto, o dispositivo terá mais quatro meios aéreos, num total de 76.
Os meios estão previstos na Diretiva Operacional Nacional (DON) que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano e que vai ser esta quarta-feira na Comissão Nacional de Proteção Civil.
Segundo a diretiva, o dispositivo terrestre contará com 11.161 operacionais, 2.293 equipas e 2.417 viaturas durante o período de maior empenhamento de meios, entre 1 de julho e 30 de setembro, denominado ‘nível Delta’. Estes números podem aumentar em caso de necessidade, uma vez que o DECIR prevê a mobilização de meios adicionais para responder a situações mais graves.
Nesta situação, o número de elementos em combate pode ultrapassar os 15.000, um reforço que é feito sobretudo com os bombeiros voluntários. A diretiva prevê que possam ser mobilizados em 24 horas mais 3.863 operacionais, 279 equipas e 999 viaturas.
No ano passado, o número de operacionais envolvidos no combate aos incêndios entre julho e setembro cifrou-se nos 14.155 elementos, 3.162 equipas e 3.173 viaturas. Este ano haverá menos 2.994 operacionais, menos 869 equipas e menos 756 equipas.
Comparando a DON deste ano com a de 2024 verifica-se que a redução de operacionais está na diminuição de elementos da GNR e da Força Especial de Proteção Civil, além de não ser contabilizado este ano como meios de combate os postos de vigia da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana, a estrutura da PSP e os meios de vigilância dos incêndios.
A diretiva que hoje vai ser aprovada não especifica o total de meios aéreos, mas, de acordo com a agência Lusa, os meios aéreos podem chegar aos 76, mais quatro do que em 2024.
Do total dos operacionais envolvidos, o maior número pertence aos bombeiros (8.148), dos quais 3.799 são das Equipas de Intervenção Permanente, seguido do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (2.248), da GNR (449) e da Força Especial de Proteção Civil (74), segundo a DON.
A DON define os meios e estabelece a arquitetura da estrutura de direção, comando e controlo do Sistema Integrado das Operações de Proteção e Socorro. Estabelece ainda a forma como é assegurada a coordenação institucional, a regulação, a articulação e otimização das forças e organismos que integram o sistema.