A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) recebeu 87.727 reclamações de ocorrências do ano passado. O acesso aos cuidados de saúde é predominante nas queixas contra o setor público sem internamento.
A ERS indicou esta quarta-feira, no relatório de 2024 sobre o sistema de gestão de reclamações, elogios e sugestões, que 51% das queixas contra o setor público sem internamento referem o acesso aos cuidados de saúde e 15,8% mencionam os cuidados de saúde e segurança do doente (CSSD).
De acordo com o relatório, publicado no website da entidade, o acesso aos cuidados de saúde é o tema mais mencionado nas reclamações submetidas à ERS no ano de 2024. Nesse ano foram registadas 22.165 ocorrências.
Os prestadores de cuidados de saúde responsáveis por mais de 75% das reclamações submetidas à ERS no ano de 2024 correspondem a um total de 2.073 estabelecimentos.
Em primeiro lugar está a Unidade Local de Saúde de São José (Lisboa) com 4.302 reclamações de ocorrências em 2024, seguida da Unidade Local de Saúde de Amadora/Sintra com 3.905 queixas e a Unidade Local de Saúde de Santa Maria (Lisboa) com 3.024 reclamações.
Quase 75 % dos elogios e sugestões submetidos à ERS em 2024 dirigem-se a 1.029 estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde. Em primeiro lugar está a Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental com 1.276 elogios, a seguir está a Unidade Local de Saúde de Santa Maria com 1.214 e no terceiro posto a Unidade Local de Saúde de Santo António com 1.086 elogios.
Em relação às queixas no setor público com internamento, em primeiro lugar estão os CSSD (28,9%) e a seguir está a focalização no utente (28,1%), incluindo unidades do Sistema Nacional de Saúde (SNS), em parceria público-privada.
No setor privado, com e sem internamento, as reclamações mais comuns envolvem questões financeiras e os CSSD. Com internamento, 42,7% das queixas está relacionada com questões financeiras e 25,2% corresponde aos CSSD.
No setor social sem internamento a maioria das queixas está relacionada com os CSSD e com internamento o tema está empatado com a focalização no utente (25,2%).
