Benfica venceu o último photo-finish contra o Sporting. Quem será melhor no sprint de 2025?

Benfica venceu o último photo-finish contra o Sporting. Quem será melhor no sprint de 2025?


Águias ganharam a corrida do campeonato aos leões na derradeira jornada da temporada 2015/2016, e também foram os encarnados a conquistar o título na última vez que os dois clubes seguiram empatados na frente da classificação para as quatro rondas finais.


Depois da demonstração de força do Benfica em pleno Estádio do Dragão com uma convincente vitória por 4-1 diante do FC Porto, no primeiro domingo de abril, não haveria certamente muita gente a contar que a equipa de Bruno Lage empatasse em casa com o Arouca a seguir e deixasse escapar a preciosa vantagem de dois pontos face ao Sporting, que um dia antes derrotara o Santa Clara nos Açores. Entretanto, superados com distinção os desafios do passado fim de semana, os velhos rivais de Lisboa partem em igualdade pontual para as últimas quatro jornadas de um campeonato ao rubro.

É preciso recuar 54 anos até à época 1970/71 para encontrar um cenário semelhante. Na altura, o Benfica treinado pelo inglês Jimmy Hagan acabaria por prevalecer graças a uma reta final inteiramente vitoriosa com quatro triunfos, enquanto o Sporting liderado por Fernando Vaz só conseguiu dois, tendo averbado um empate e uma derrota. Mas mais recentemente, há nove anos (2015/16), a decisão passou mesmo para a derradeira ronda: sob o comando de Rui Vitória, as águias tinham mais dois pontos do que os leões de Jorge Jesus e a vitória por 4-1 na receção ao Nacional selou a conquista do sexto tricampeonato, sendo que de nada valeu a goleada de 4-0 imposta pelos verdes e brancos ao SC Braga no Minho.

O Benfica tem também a história do seu lado no que respeita aos confrontos diretos com o Sporting. Nos 324 jogos realizados entre os emblemas, venceu 139 contra 115 favoráveis aos sportinguistas e sabe que o próximo capítulo do “dérbi eterno”, à penúltima jornada, é na Luz, onde ganhou 55% dos duelos perante o vizinho da Segunda Circular. Ainda assim, atribuir favoritismo aos encarnados acaba por afigurar-se um tiro no escuro. Não só em função da rivalidade em causa, marcada por uma paixão que vai muito além destes números, mas igualmente porque têm um calendário porventura mais exigente.

No próximo domingo, o Benfica começa por receber o aflito Aves SAD, equipa com a qual perdeu dois pontos na primeira volta e que está determinada a salvar-se a todo o custo dos lugares de despromoção. Segue-se a visita ao já tranquilo Estoril Praia, antes do aguardado e intenso encontro com o coletivo orientado por Rui Borges, o treinador que se estreou em Alvalade justamente com uma vitória sobre os benfiquistas, em dezembro, pondo termo à série negativa de resultados protagonizada pelo antecessor João Pereira. Por fim, a viagem ao difícil terreno do SC Braga, cuja ambição de segurar o terceiro lugar em detrimento do FC Porto poderá apimentar ainda mais a contenda.

O Sporting também inicia esta fase crucial da prova no domingo com a deslocação ao Bessa para defrontar um Boavista animado pelo efeito positivo do novo treinador e que continua na luta pela manutenção. A equipa leonina recebe de seguida o Gil Vicente, que, embora ainda não esteja livre da descida de divisão, vai respirando melhor. Vem depois o tal embate direto no reduto do Benfica que poderá definir imediatamente o campeão nacional e a fechar, em casa, o adversário é o Vitória SC, já despreocupado na tabela classificativa e sem grandes objetivos para alcançar.

O Benfica, recordista de títulos na competição, está à procura do 39.º e o Sporting do 21.º. Para tal, cada um dos clubes tem naturalmente várias cartadas prontas a jogar e tanto de um lado como do outro há os inevitáveis ases de trunfo. As águias depositam muita confiança no sentido de oportunidade do ponta de lança grego Vangelis Pavlidis, autor até ao momento de 27 golos e nove assistências em 48 partidas nesta época de estreia com a camisola encarnada. Por sua vez, os leões apostam forte na explosividade do avançado sueco Viktor Gyökeres, um verdadeiro fenómeno que no segundo ano de verde e branco já fez 47 golos e 11 passes decisivos em 46 jogos.

Mas nem Bruno Lage nem Rui Borges são poupados a dores de cabeça no sprint até à meta. Entre os benfiquistas, apesar de as queixas físicas de Di María e Tomás Araújo não se revelarem tão graves como pareciam, são certas por lesão as ausências de Alexander Bah, Manu Silva e Renato Sanches. Nas hostes sportinguistas, ainda que Morita esteja praticamente recuperado, Nuno Santos, Daniel Bragança e João Simões continuam lesionados.

Quase decidido em Inglaterra e na Alemanha

Se em Portugal a incerteza quanto ao campeão é total, as perspetivas na Premier League e Bundesliga são mais próximas do que aconteceu em França, onde o PSG dos portugueses Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos já fez a festa.

Em Inglaterra, Diogo Jota celebra a conquista do título com o Liverpool caso os reds derrotem o Tottenham este domingo, ao passo que na Alemanha Raphaël Guerreiro e João Palhinha podem fazer o mesmo este sábado com o Bayern Munique se os bávaros suplantarem o Mainz e o Bayer Leverkusen não vencer.

Contas mais apertadas em Espanha e Itália

Com seis jornadas para disputar na liga espanhola, o Barcelona tem quatro pontos de vantagem sobre o arquirrival Real Madrid e só depende de si. As equipas enfrentam-se a quatro rondas do fim e esse pode ser o momento determinante.

Em Itália, só faltam cinco jornadas para o término e a Atalanta de Rui Patrício tem sete pontos de atraso face a Inter e Nápoles, que estão empatados no topo e são os favoritos numa luta que tem tudo para ser palpitante.