Marcelo recorda Francisco, “a  mais corajosa voz de entre os líderes espirituais dos últimos 12 anos”

Marcelo recorda Francisco, “a mais corajosa voz de entre os líderes espirituais dos últimos 12 anos”


“Desses e de outros encontros, como em 2016, 2019, 2021, guardarei, guardaremos, a humildade do pároco nunca rendido às vestes do Bispo, do Cardeal, do Papa”, disse ainda Marcelo.  


O Presidente da República falou, ao início da noite desta segunda-feira, ao país, na sequência da morte do Papa Francisco, um “amigo tardio, mas intenso, da nossa nação”.  

Marcelo Rebelo de Sousa lamenta que Francisco tenho descoberto Fátima “tarde na sua vida, em 2017″, mas que germinou uma relação mais próxima com Portugal, “na Jornada Mundial da Juventude, há menos de dois anos”. 

“Desses e de outros encontros, como em 2016, 2019, 2021, guardarei, guardaremos, a humildade do pároco nunca rendido às vestes do Bispo, do Cardeal, do Papa”, disse ainda Marcelo.  

“Simples, aberto, generoso, compreensivo, solidário e também pletórico de vida e de alegria partilhada”, descreve assim Marcelo. “Foi talvez a mais corajosa voz de entre os líderes espirituais dos últimos 12 anos na defesa da dignidade humana, da paz, da justiça, da liberdade, da igualdade, da fraternidade, do diálogo entre culturas, pelos mais pobres, frágeis, sofredores, sacrificados, excluídos e explorados, rejeitados e esquecidos deste tempo de interesses e egoísmos que combatem os valores pelos quais sempre se pautou”, enumera. 

“Em nome de todos os portugueses, crentes e não crentes, concordantes ou discordantes, agradeço a Francisco o carinho a Portugal”, continuou Marcelo, principalmente “a sua presença ao lado dos que morrem vítimas das diárias negações dos direitos humanos, dos abusos e das prepotências de toda a natureza”.