O funeral do Papa, que morreu esta segunda-feira aos 88 anos, será realizado dentro dos próximos nove dias, informou o Vaticano, dando ainda conta de que o Conclave, para escolher o sucessor de Francisco, deverá ter início daqui a um mês.
No Vaticano estão já a preparar-se as cerimónias fúnebres e sabe-se que serão mais simples, a pedido de Francisco, do que as dos seus antecessores.
“O funeral do romano pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo e não o de um homem poderoso deste mundo”, disse o arcebispo Diego Ravelli, mestre das celebrações litúrgicas do Vaticano e responsável pelo novo ritual das exéquias papais, que já tinha revelado a vontade de Francisco de simplificar as exéquias.
Estas alterações foram aprovadas em abril do ano passado, mas só agora se conhecem os detalhes, como a não utilização de três caixões, de cipreste, chumbo e carvalho, sendo usado apenas um, em madeira.
O corpo do Papa não estará exposto à veneração dos fiéis num esquife alto, com o báculo papal na mão direita, mas sim no caixão em que o corpo será colocado após a morte do pontífice.
O Papa tinha feito saber também que queria ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro catedrais de Roma.
Ao mesmo tempo que se organizam as cerimónias fúnebres do Papa Francisco, há também que preparar o Conclave para a eleição de um novo Sumo Pontífice. A reunião dos cardeais deverá ter início daqui a um mês.
Segundo a agência Ecclesia, a eleição de um Papa obedece a rituais precisos e é marcada por um clima de silêncio e segredo, seguindo as normas da Constituição Apostólica ‘Universi Dominici Gregis’, assinada por João Paulo II em 1996.
Apenas quem tem menos de 80 anos vota na eleição do Papa, atualmente existem 252 cardeais: 138 eleitores e 114 não eleitores.
A cerimónia decorre em estrita confidencialidade na Capela Sistina. Para a eleição de um novo Papa é necessária uma maioria de dois terços e as votações continuam até que um candidato receba o número de votos exigidos.