CDU vs. Chega: Um “mundo de divergências” com interrupções constantes

CDU vs. Chega: Um “mundo de divergências” com interrupções constantes


“Às vezes penso que estou num debate do início do século XX”, atirou André Ventura. “O seu projeto é o mais avançado”, respondeu Paulo Raimundo


Paulo Raimundo e André Ventura interromperam-se e questionaram-se com frequência no debate televisivo para as eleições legislativas, transmitido pela CNN Portugal. Os líderes de Chega e CDU exprimiram “o mundo de divergências” entre eles sem muitas vezes discutir os temas que eram propostos.  

Sobre o tema do dia, Ventura afirmou que “Pedro Nuno Santos não pode dar menos explicação do que as que exigiu a Luís Montenegro” enquanto Paulo Raimundo disse que o processo tem de se investigar e o mais depressa possível, para não haver um “clima de suspeição”.

Em matéria de economia internacional e as suas incertezas, André Ventura realçou que “EUA estão a defender o seu mercado e produtos” e que a Europa devia fazer o mesmo. “Há muito tempo não devíamos estar sujeitos a um regime amigo do Paulo Raimundo, a China, nos invadisse com vestuário, têxteis, calçado, mão de obra escrava”, afirmou. 

“Não esperava ouvir isso de si”, respondeu Paulo Raimundo, afirmando que o líder do Chega falou na Europa como um bloco e que se esqueceu de que Portugal não é uma província, mas um país soberano. “As exigências da nossa economia não são as francesas ou alemãs”, afirmou o líder comunista, defendendo que o país deve produzir mais alimentos ou medicamentos 

André Ventura explica que o Chega terá um “programa que responde aos problemas da economia” para depois afirmar: “Não podemos perceber como é que a CDU defende saúde para todos mas quer acabar com PPP que correram bem.” acrescentando que o “PCP teve responsabilidades na geringonça e fora dela”.

Paulo Raimundo respondeu que o PS deu “uma grande abébia” ao Chega quando viabilizou o Orçamento da AD. “Neste OE estão soluções onde se deve ir buscar o dinheiro”, disse para acrescentar que o controlo público de empresas não tem de ser uma nacionalização.

“Às vezes penso que estou num debate do início do século XX”, atirou André Ventura. “O seu projeto é o mais avançado”, respondeu Paulo Raimundo.

“Cada um de nós tem o seu legado, o Chega ainda não governou nem esteve em nenhuma solução governativa. Em 2021 quando PCP deixou de apoiar o governo estavam sem médico de família 1.1 milhões de pessoas, carga fiscal era 35,8% do PIB, recorde, mais 70 mil milhões pagos em impostos por causa das vossas brincadeiras da geringonça”, elencou o líder do Chega.