O secretário-geral da NATO admitiu esta terça-feira que as “importantes negociações” lideradas pelo presidente norte-americano com a Rússia e Ucrânia “não são fáceis”. Mark Rutte deplorou o recente ataque russo contra Sumi.
“Hoje voltámos a falar sobre as importantes negociações que o Presidente Trump está a conduzir com a Ucrânia, bem como com a Rússia, para tentar pôr fim à guerra e garantir uma paz duradoura”, disse Rutte, em Odessa, sul da Ucrânia, onde realizou uma visita surpresa.
“Essas discussões não são fáceis — principalmente após esta violência terrível –, mas todos apoiamos a procura do Presidente Trump pela paz”, acrescentou o responsável da NATO em conferência de imprensa ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Mark Rutte destacou que “outros aliados”, nomeadamente através de iniciativas lideradas por França e Reino Unidos, “estão prontos, dispostos e aptos a assumir mais responsabilidades para ajudar a garantir a paz quando chegar esse momento”.
O secretário-geral da NATO condenou o ataque russo contra a cidade de Sumi, no passado domingo, que fez mais de 30 mortos civis e mais de 100 feridos: “Isso é simplesmente ultrajante. Faz parte de um padrão terrível de ataques russos a alvos civis e infraestruturas em toda a Ucrânia”.
O responsável da Aliança Atlântica reiterou a Zelensky que “a NATO está com a Ucrânia”.
“Sei que alguns questionaram o apoio da NATO nos últimos meses, mas que não haja dúvidas: o nosso apoio é inabalável”, assegurou.
Por seu lado, o presidente ucraniano declarou que a Ucrânia tem uma “necessidade aguda” de sistemas de defesa aérea e pediu a preparação “rápida e eficaz” de um contingente militar ocidental no país.
A chamada coligação dos países dispostos a ajudar a Ucrânia é liderada pelo Reino Unido e pela França e é composta por países que têm mostrado disponibilidade para enviar um contingente militar para a Ucrânia, uma vez terminada a guerra, como garantia de segurança. Portugal tem participado nas reuniões deste grupo.