Festas matinais e cafés dançantes


A vida vai-nos dando umas coisas e tirando outras mas sobretudo a experiência que ela nos traz leva-nos para escolhas e opções diferentes.


Se me dissessem há dois ou três anos que no domingo passado estaria a acordar às 08h30 da manhã para ir a uma festa que não era um after nem sequer vendia álcool provavelmente aconselharia a que se internassem rapidamente tal era o grau de inverosimilhança. Mas aconteceu. É prática cada vez mais corrente, um pouco por toda a parte e cada vez com maior adesão, os eventos musicais a horas até então pouco dadas a este tipo de entretenimento. Aparecem em diversos formatos, normalmente num registo que pretende privilegiar a vida saudável e que no fundo vem dar alternativas a quem gosta de se divertir e de dançar mas já não se pretende perder até altas horas da noite, muitas vezes em ambientes que cada vez temos menos paciência para tolerar ou aguentar. A vida vai-nos dando umas coisas e tirando outras mas sobretudo a experiência que ela nos traz leva-nos para escolhas e opções diferentes.

Essas opções diferentes não significam que deixámos de gostar ou que alterámos os nossos gostos, são apenas reflexo da nossa capacidade de resistência ou de querermos estar noutro lugar, um outro lugar que nos traga as mesmas emoções e nos transmita o mesmo tipo de sentimentos mas plasmado num outro formato. Isso faz-nos trocar as madrugadas pelos finais de tarde, as discotecas por jantares entre amigos, os quatro copos da ganância pelo que é bebido com qualidade. Penso que essa será a ideia peregrina por trás deste tipo de conteúdos que vão surgindo numa época em que tanto se fala de hábitos mais saudáveis mas que nos tentem trazer o mesmo tipo de preenchimento. É o caso do movimento social “Daybreaker”, que organiza os seus “Wake Up & Dance” já em mais de 60 cidades, normalmente em cafés, espaços de restauração e similares.

Mas voltando a Portugal, mais propriamente a Lisboa, foi na Praça do Beato, na “Unicorn Factory”, onde chegámos pouco passava das 11h. O evento Boogie & Brunch estava anunciado para abrir portas às 10h. À entrada uma fila considerável de gente para entrar. Assim que passamos a porta damos de caras com um espaço com uma pequena loja improvisada cheia de adereços Boho Chic de frente para uma balcão de restauração onde vão preparando o brunch para depois. Chegamos depois à sala principal com uma parte em anfiteatro e outra plana que desagua na cabine de dj. É sem sombra de dúvida a festa onde fui com maior percentagem de mulheres em relação aos homens. Diria que 80% seria público feminino, o que, quer queiramos ou não, dá ao evento um registo muito mais leve, tranquilo e bonito. Muitos braços no ar, pessoas a dançar como se estivessem a libertar algo e muito boa energia.

É estranho chegamos ao bar e não haver uma única bebida alcoólica mas ao mesmo tempo não deixa de ser bom assim uma vez que ainda é de manhã. Chocolate quente, águas com sabores e algumas outras mais. Numa pista cheia de gente com vontade de viver e de se divertir veem-se muitos estrangeiros e uma grande mescla de culturas… mas em bom. Às 13h é servido o brunch, de qualidade assinalável, diga-se de passagem. Por essa altura já as pessoas se distribuem pelas mesas exteriores e a música termina pouco depois. Cheguei a casa eram 15h e já trazia a boa disposição de começar o dia entre amigos. Ah, os bilhetes esgotaram dois dias antes e a fila de espera era considerável. Vale a pena virem à próxima porque o fenómeno vai com toda a certeza crescer.

Festas matinais e cafés dançantes


A vida vai-nos dando umas coisas e tirando outras mas sobretudo a experiência que ela nos traz leva-nos para escolhas e opções diferentes.


Se me dissessem há dois ou três anos que no domingo passado estaria a acordar às 08h30 da manhã para ir a uma festa que não era um after nem sequer vendia álcool provavelmente aconselharia a que se internassem rapidamente tal era o grau de inverosimilhança. Mas aconteceu. É prática cada vez mais corrente, um pouco por toda a parte e cada vez com maior adesão, os eventos musicais a horas até então pouco dadas a este tipo de entretenimento. Aparecem em diversos formatos, normalmente num registo que pretende privilegiar a vida saudável e que no fundo vem dar alternativas a quem gosta de se divertir e de dançar mas já não se pretende perder até altas horas da noite, muitas vezes em ambientes que cada vez temos menos paciência para tolerar ou aguentar. A vida vai-nos dando umas coisas e tirando outras mas sobretudo a experiência que ela nos traz leva-nos para escolhas e opções diferentes.

Essas opções diferentes não significam que deixámos de gostar ou que alterámos os nossos gostos, são apenas reflexo da nossa capacidade de resistência ou de querermos estar noutro lugar, um outro lugar que nos traga as mesmas emoções e nos transmita o mesmo tipo de sentimentos mas plasmado num outro formato. Isso faz-nos trocar as madrugadas pelos finais de tarde, as discotecas por jantares entre amigos, os quatro copos da ganância pelo que é bebido com qualidade. Penso que essa será a ideia peregrina por trás deste tipo de conteúdos que vão surgindo numa época em que tanto se fala de hábitos mais saudáveis mas que nos tentem trazer o mesmo tipo de preenchimento. É o caso do movimento social “Daybreaker”, que organiza os seus “Wake Up & Dance” já em mais de 60 cidades, normalmente em cafés, espaços de restauração e similares.

Mas voltando a Portugal, mais propriamente a Lisboa, foi na Praça do Beato, na “Unicorn Factory”, onde chegámos pouco passava das 11h. O evento Boogie & Brunch estava anunciado para abrir portas às 10h. À entrada uma fila considerável de gente para entrar. Assim que passamos a porta damos de caras com um espaço com uma pequena loja improvisada cheia de adereços Boho Chic de frente para uma balcão de restauração onde vão preparando o brunch para depois. Chegamos depois à sala principal com uma parte em anfiteatro e outra plana que desagua na cabine de dj. É sem sombra de dúvida a festa onde fui com maior percentagem de mulheres em relação aos homens. Diria que 80% seria público feminino, o que, quer queiramos ou não, dá ao evento um registo muito mais leve, tranquilo e bonito. Muitos braços no ar, pessoas a dançar como se estivessem a libertar algo e muito boa energia.

É estranho chegamos ao bar e não haver uma única bebida alcoólica mas ao mesmo tempo não deixa de ser bom assim uma vez que ainda é de manhã. Chocolate quente, águas com sabores e algumas outras mais. Numa pista cheia de gente com vontade de viver e de se divertir veem-se muitos estrangeiros e uma grande mescla de culturas… mas em bom. Às 13h é servido o brunch, de qualidade assinalável, diga-se de passagem. Por essa altura já as pessoas se distribuem pelas mesas exteriores e a música termina pouco depois. Cheguei a casa eram 15h e já trazia a boa disposição de começar o dia entre amigos. Ah, os bilhetes esgotaram dois dias antes e a fila de espera era considerável. Vale a pena virem à próxima porque o fenómeno vai com toda a certeza crescer.