E se tivéssemos melhores candidatos?


Para resolver este drama que com o tempo se agrava, são necessárias medidas drásticas, inovadoras e meritocráticas. 


As famílias educam os filhos, incentivando-os ao estudo, de modo a garantirem que a escolaridade a que têm acesso lhes garante um futuro mais promissor. Faz parte da cultura comportamental estimularem os hábitos de trabalho e estudo de modo a garantirem para os filhos a tão desejada entrada na universidade. Esta atitude é reveladora de crença na exigência meritocrática. Todos sabem que só os melhores conseguem entrar na universidade. Imaginemos que não era assim… Quem decidia sobre quem entra ou não entra, eram as estruturas de governação das universidades, sem qualquer critério que não fosse a sua preferência em função dos seus próprios interesses. Esse modelo não seria bem aceite e teríamos certamente em Portugal uma enorme onda de indignação.

Introduzo neste artigo o tema da exigência meritocrática na entrada na universidade para, justamente, chamar a atenção para a completa ausência de mecanismos análogos no respeitante aos candidatos a deputados. A sociedade, para evoluir, necessita ter a mesma preocupação e exigência meritocrática nos eleitos que a representam.

Para além dos cabeça de lista os eleitores não fazem, regra geral, a mais pequena ideia de quem são as muitas centenas de candidatos como também, já se tornou deveras evidente, a inexistência de escrutínio meritocrático para tão importantes funções. Se dúvidas pudéssemos ter, casos que periodicamente chegam a público são bem reveladores de uma continuada degradação, absolutamente inaceitável, do perfil dos deputados.

A ausência de critérios e filtros meritocráticos, associado ao modelo de seguidismo em que a generalidade dos partidos faz assentar o seu modelo de funcionamento e as baixas remunerações dos eleitos, afastam os melhores, deixando o espaço aberto a subalternos de qualidade inferior, tendo por consequência a degradação da competência dos eleitos.

São escassos, nestas condições, os que, com competência, se dedicam à causa publica de “corpo e alma”. Tenho o privilégio de conhecer alguns; nutro por esses uma enorme admiração.

Para resolver este drama que com o tempo se agrava, são necessárias medidas drásticas, inovadoras e meritocráticas. Sou defensor da introdução de ciclos uninominais para as candidaturas a deputados, para resolver o drama do desconhecimento, por parte dos eleitores, dos candidatos a deputados, e assim mais facilmente responsabilizar os eleitos, junto dos eleitores. Esta alteração ajudaria a resolver grande parte das agruras. Para refinação adicional estabelecem-se critérios meritocráticos, de honorabilidade, de ética, de intervenção e solidariedade social, devidamente comprovados e subscritos pela sociedade a que pertencem.

Este tipo de filtros acrescenta eficazmente qualidade à democracia. A democracia precisa ser conduzida pelos melhores. Só desse modo a sociedade, como um todo, poderá evoluir. Enquanto o modelo vigente promover o acesso à decisão dos destinos do coletivo, aos inferiormente preparados o resultado não será, certamente, brilhante…

Por fim… Não era tempo de garantir que passadas as campanhas eleitorais se retira da via pública o ruído e a poluição que dezenas de milhares de placards de publicidade política causam no nosso país?

Não é de publicidade política que o país está deficitário. É de boa ação política. Tratemos de atrair os melhores que a estagnação e a maledicência acabam num instante.

E se tivéssemos melhores candidatos?


Para resolver este drama que com o tempo se agrava, são necessárias medidas drásticas, inovadoras e meritocráticas. 


As famílias educam os filhos, incentivando-os ao estudo, de modo a garantirem que a escolaridade a que têm acesso lhes garante um futuro mais promissor. Faz parte da cultura comportamental estimularem os hábitos de trabalho e estudo de modo a garantirem para os filhos a tão desejada entrada na universidade. Esta atitude é reveladora de crença na exigência meritocrática. Todos sabem que só os melhores conseguem entrar na universidade. Imaginemos que não era assim… Quem decidia sobre quem entra ou não entra, eram as estruturas de governação das universidades, sem qualquer critério que não fosse a sua preferência em função dos seus próprios interesses. Esse modelo não seria bem aceite e teríamos certamente em Portugal uma enorme onda de indignação.

Introduzo neste artigo o tema da exigência meritocrática na entrada na universidade para, justamente, chamar a atenção para a completa ausência de mecanismos análogos no respeitante aos candidatos a deputados. A sociedade, para evoluir, necessita ter a mesma preocupação e exigência meritocrática nos eleitos que a representam.

Para além dos cabeça de lista os eleitores não fazem, regra geral, a mais pequena ideia de quem são as muitas centenas de candidatos como também, já se tornou deveras evidente, a inexistência de escrutínio meritocrático para tão importantes funções. Se dúvidas pudéssemos ter, casos que periodicamente chegam a público são bem reveladores de uma continuada degradação, absolutamente inaceitável, do perfil dos deputados.

A ausência de critérios e filtros meritocráticos, associado ao modelo de seguidismo em que a generalidade dos partidos faz assentar o seu modelo de funcionamento e as baixas remunerações dos eleitos, afastam os melhores, deixando o espaço aberto a subalternos de qualidade inferior, tendo por consequência a degradação da competência dos eleitos.

São escassos, nestas condições, os que, com competência, se dedicam à causa publica de “corpo e alma”. Tenho o privilégio de conhecer alguns; nutro por esses uma enorme admiração.

Para resolver este drama que com o tempo se agrava, são necessárias medidas drásticas, inovadoras e meritocráticas. Sou defensor da introdução de ciclos uninominais para as candidaturas a deputados, para resolver o drama do desconhecimento, por parte dos eleitores, dos candidatos a deputados, e assim mais facilmente responsabilizar os eleitos, junto dos eleitores. Esta alteração ajudaria a resolver grande parte das agruras. Para refinação adicional estabelecem-se critérios meritocráticos, de honorabilidade, de ética, de intervenção e solidariedade social, devidamente comprovados e subscritos pela sociedade a que pertencem.

Este tipo de filtros acrescenta eficazmente qualidade à democracia. A democracia precisa ser conduzida pelos melhores. Só desse modo a sociedade, como um todo, poderá evoluir. Enquanto o modelo vigente promover o acesso à decisão dos destinos do coletivo, aos inferiormente preparados o resultado não será, certamente, brilhante…

Por fim… Não era tempo de garantir que passadas as campanhas eleitorais se retira da via pública o ruído e a poluição que dezenas de milhares de placards de publicidade política causam no nosso país?

Não é de publicidade política que o país está deficitário. É de boa ação política. Tratemos de atrair os melhores que a estagnação e a maledicência acabam num instante.