A guerra, a guerra!


Será que a Dinamarca irá invocar o célere artigo 5.º do tratado que instituiu a OTAN em relação à disposição bélica dos EUA sobre a Gronelândia?


Um destes dias, acordei, de manhã, com uma entrevista na rádio sobre a ameaça da guerra; da guerra que o entrevistado disse, convictamente, que estava iminente.

Era a guerra, iminente?! Assustei-me, claro, mesmo que andássemos há meses a ser preparados para ela; para sua inevitabilidade e necessidade.

Quis saber onde as forças do “inimigo” haviam já rompido as nossas defesas, para onde se dirigiam e quem, nessa manhã, que nascia soalheira, depois de tanta chuva, lhe fazia frente.

Percorrendo vários canais da rádio – estava a fazer a barba e não podia ver a televisão – fiquei, contudo, sem perceber o que, de facto, se estava a passar, mesmo que me tivesse apercebido de que algo, grave, acontecia ou estava em vias de acontecer.   

Procurei, insistentemente, confirmar o que havia ouvido, mas o tema havia já mudado ligeiramente de forma e conteúdo.

Tratava-se, agora, do reforço da despesa, com o inevitável rearmamento da Europa e do país.

Do que se falava, agora, era de quanto dinheiro seria necessário para rearmar a Europa e, nela, Portugal.

Havia, nos meios de comunicação, opiniões para todos os gostos.

Além de que uns diziam que o aumento era para reforçar a OTAN, outros que era para reforçar as nossas forças armadas.

Eu, porém, perguntava-me onde estava a diferença.

Uns diziam que a Europa, proporcionalmente, gastava já muito mais em armas do que o “inimigo” e que, dado o número dos seus habitantes, estava em muito boas condições para suster a invasão anunciada.

Outros que não, que, mesmo assim, era preciso reforçara as verbas para a defesa; que estávamos, mesmo, obrigados a gastar mais em armas.

A ressonância da palavra invasão levou-me, de imediato, a pensar na Rússia. 

Intrigantemente, porém, virado para o espelho e vendo apenas a minha cara ensaboada, nada mais ouvi sobre o avanço das forças desse país, que – recordei – numa primeira invetiva contra a Ucrânia, em 2022, foram paradas às portas de Kiev.

Recordei-me, então, dos comentários jocosos e de como algumas especialistas e outros tantos académicos pretendiam, no início dessa invasão, incutir-nos a ideia de que, nas tropas russas, nada funcionava como devia.

Faltavam botas, as munições não combinavam com as armas, os rádios engasgavam-se, os comandantes nada percebiam de estratégia militar; enfim, um cenário digno da “guerra do Solnado”.

Não era isso, entretanto, o que agora dizem, anotei.

Falava-se, nessa manhã, da qualidade e quantidade do armamento russo, da transformação da vida da Federação Russa numa economia de guerra e dos custos que, para superá-la, nos ia custar em termos de redução do Estado Social.

Queria isto dizer – melhor, queriam eles dizer, para sermos francos –, quanto de tal despesa em armas importaria na redução das políticas redistributivas da riqueza gerada na Europa em nome do Estado Social.

Na nossa Europa – para ser mais preciso – uma vez que, por ora, ignorante da política, a geografia ainda inclui no velho continente uma parte substancial do país “inimigo”.

Mas, como as ideias circulam em qualquer sentido, da frente para trás e de trás para a frente, fui, a este propósito, interpelado pela proposta de Trump de mudar o nome do Golfo do México para o de Golfo da América.

Tratar-se-ia, presentemente, de fazer o mesmo em relação à Rússia?

Aonde se diria, a partir de agora, que terminava ou começava a Europa?

Seria a Sr.ª von der Leyen quem iria desenhar o novo mapa europeu e a sua toponímia?

Outros alemães – na altura, o inimigo – depois de rearmarem o seu país, haviam já tentado o mesmo: assim, e sem que ninguém desse conta, e disso tivesse real vontade, começou a I Grande Guerra.

Esforcei-me, seguidamente, por recordar na História o número de vezes que a velha Rússia já havia invadido e ocupado o nosso continente (também dela, por ora) e por que razões.

Ressoaram-me, então, na cabeça as palavras, então pouco apreciadas, do Papa que, em junho de 2022, mesmo condenando a invasão da Ucrânia, referiu, numa entrevista concedida à revista La Civiltà Cattolica, que “geralmente há vários fatores que contribuem para um conflito”, relembrando, a propósito, que a expansão da OTAN a leste e as demais provocações ocidentais poderiam ter tido, também, um relevante papel na escalada do conflito.

Rapidamente, porém, fui chamado à razão e ao que interessa, e comecei a ouvir economistas ilustres dissertar sobre como o rearmamento da Europa poderia constituir um desafio para a economia europeia e, portanto, também, para a do nosso país.

Prosseguia eu, com eles, nestas divagações, quando escutei, de súbito, ainda na rádio, que o presidente Trump havia ameaçado invadir militarmente a Gronelândia, caso a Dinamarca não lha vendesse por bom preço.

Supus, então, não ter entendido bem a primeira notícia da manhã, pois poderia acontecer que, afinal, a urgência com o rearmamento da Europa se destinava a fazer frente, não à Rússia, que no essencial mostrou intenção de querer, apenas, ocupar o quintal, mas às pretensões norte-americanas.

Será que a Dinamarca, se agredida pelos EUA irá invocar o célere artigo 5.º do tratado que constituiu a OTAN? – ponderei e questionei-me.

E, se o fizesse, qual seria a resposta da Aliança?

Tal artigo diz, com efeito, que «… as Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias partes na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todos».

Problema jurídico complexo – cogitei.

Mas, mais desperto, com a água fria com que lavava, já, a cara, lá aventei, para mim mesmo, o enquadramento da questão: em rigor, a Gronelândia não faz, geograficamente, parte da Europa, mas sim do continente americano e, neste, da América do Norte, mesmo que, politicamente, integre, por outro lado, o Reino da Dinamarca que, esse sim, é um país europeu.

Quid juris: Quem tem, assim, legitimidade para invocar o referido artigo?

A memória recuou algum tempo:  dei comigo, então, a procurar saber como se terá resolvido, antes, no caso de Turquia e da Grécia, o confronto entre estes dois países da OTAN, quando o primeiro invadiu Chipre e ocupou e separou a parte oriental da ilha da parte ocidental, em nome da defesa da população turca que ali vivia?

E no Kosovo, quem impôs e a que título a solução separatista? 

Ainda eu não desligara o motor da memória, quando um outro comentador começou a dissertar sobre a necessidade de, através do reforço das despesas com o rearmamento da Europa, terem os membros daquela aliança, na prática, de aplicarem muitas das verbas dos seus orçamentos dedicadas à defesa na compra de armas produzidas nos EUA.

Mais não fosse, dizia ele, tal compra impunha-se devido à necessidade de compatibilização do armamento de todos os membros daquela aliança militar.

Bem visto, que coerência!

Deu, de seguida, o exemplo da Turquia, que, tendo-se atrevido a comprar à Rússia um sistema antiaéreo S-400, foi afastada da parceria que mantinha no projeto do avião norte-americano F-35.

Ainda mal tinha acabado de fazer a barba  e secava a cara e já um outro locutor avisava que alguns países membros da União Europeia anunciavam a premente necessidade de todos nos munirmos de um “Kit de sobrevivência”.

Interroguei-me novamente – «Deverá tal kit ser composto por produtos europeus ou norte-americanos, em que proporção?»

Começava a ficar embaraçado, quando ouvi o primeiro-ministro português, sempre sorridente, pedindo calma e, sem dizer sim, nem não, desvalorizar um pouco toda esta polémica.

Descansei.

Ele lá sabe – pensei – e de nada vale pedir-lhe mais explicações.

À cautela, todavia, ainda meditei se seria importante saber, antes das eleições de 18 de maio, o que pensam, realmente, os diferentes partidos portugueses sobre algumas matérias que poderão ter impacto nas suas vidas.

 Por exemplo:

– Qual a posição que Portugal deve assumir relativamente a um eventual pedido de destacamento de forças de combate do nosso país para qualquer missão – no âmbito da OTAN, ou fora dela – relacionada com a guerra a leste?

 – Que posição deve o Estado português tomar no caso da anunciada invasão da Gronelândia pelos EUA, designadamente se for solicitado o apoio português pela Dinamarca?

 – Quanto acham os representantes de tais partidos que deve – e se deve – ser o aumento anual da despesa de Portugal com a defesa?

– Onde aplicar tal verba e a quem, com ela, comprar as armas?

– Quanto desse dinheiro deverá ser canalizado para compras de armas americanas – ou europeias – e quanto deverá sobrar para reforçar a indústria nacional de armamentos?

 – Qual a posição a tomar face a uma proposta de reintrodução do serviço militar obrigatório?

– No caso de, depois das eleições e no futuro orçamento, se encarar o reforço das verbas com a defesa, deverá, ou não, haver correlativos cortes nos gastos com o Estado Social e em que áreas?

Desliguei a rádio, pois tinha acabado de fazer a barba.

Saí, então, da casa de banho e entrei na sala, para tomar o pequeno-almoço e logo liguei a televisão.

Dizia esta: «a oeste nada de novo, salvo um alerta laranja face à perigosidade da mais recente tempestade gerada no outro lado do Atlântico e às possíveis repercussões desta na indefesa costa portuguesa.

E a Paz – perguntei-me – por que não a indolente e improdutiva Paz? Qual a razão de não se falar dela?

A guerra, a guerra!


Será que a Dinamarca irá invocar o célere artigo 5.º do tratado que instituiu a OTAN em relação à disposição bélica dos EUA sobre a Gronelândia?


Um destes dias, acordei, de manhã, com uma entrevista na rádio sobre a ameaça da guerra; da guerra que o entrevistado disse, convictamente, que estava iminente.

Era a guerra, iminente?! Assustei-me, claro, mesmo que andássemos há meses a ser preparados para ela; para sua inevitabilidade e necessidade.

Quis saber onde as forças do “inimigo” haviam já rompido as nossas defesas, para onde se dirigiam e quem, nessa manhã, que nascia soalheira, depois de tanta chuva, lhe fazia frente.

Percorrendo vários canais da rádio – estava a fazer a barba e não podia ver a televisão – fiquei, contudo, sem perceber o que, de facto, se estava a passar, mesmo que me tivesse apercebido de que algo, grave, acontecia ou estava em vias de acontecer.   

Procurei, insistentemente, confirmar o que havia ouvido, mas o tema havia já mudado ligeiramente de forma e conteúdo.

Tratava-se, agora, do reforço da despesa, com o inevitável rearmamento da Europa e do país.

Do que se falava, agora, era de quanto dinheiro seria necessário para rearmar a Europa e, nela, Portugal.

Havia, nos meios de comunicação, opiniões para todos os gostos.

Além de que uns diziam que o aumento era para reforçar a OTAN, outros que era para reforçar as nossas forças armadas.

Eu, porém, perguntava-me onde estava a diferença.

Uns diziam que a Europa, proporcionalmente, gastava já muito mais em armas do que o “inimigo” e que, dado o número dos seus habitantes, estava em muito boas condições para suster a invasão anunciada.

Outros que não, que, mesmo assim, era preciso reforçara as verbas para a defesa; que estávamos, mesmo, obrigados a gastar mais em armas.

A ressonância da palavra invasão levou-me, de imediato, a pensar na Rússia. 

Intrigantemente, porém, virado para o espelho e vendo apenas a minha cara ensaboada, nada mais ouvi sobre o avanço das forças desse país, que – recordei – numa primeira invetiva contra a Ucrânia, em 2022, foram paradas às portas de Kiev.

Recordei-me, então, dos comentários jocosos e de como algumas especialistas e outros tantos académicos pretendiam, no início dessa invasão, incutir-nos a ideia de que, nas tropas russas, nada funcionava como devia.

Faltavam botas, as munições não combinavam com as armas, os rádios engasgavam-se, os comandantes nada percebiam de estratégia militar; enfim, um cenário digno da “guerra do Solnado”.

Não era isso, entretanto, o que agora dizem, anotei.

Falava-se, nessa manhã, da qualidade e quantidade do armamento russo, da transformação da vida da Federação Russa numa economia de guerra e dos custos que, para superá-la, nos ia custar em termos de redução do Estado Social.

Queria isto dizer – melhor, queriam eles dizer, para sermos francos –, quanto de tal despesa em armas importaria na redução das políticas redistributivas da riqueza gerada na Europa em nome do Estado Social.

Na nossa Europa – para ser mais preciso – uma vez que, por ora, ignorante da política, a geografia ainda inclui no velho continente uma parte substancial do país “inimigo”.

Mas, como as ideias circulam em qualquer sentido, da frente para trás e de trás para a frente, fui, a este propósito, interpelado pela proposta de Trump de mudar o nome do Golfo do México para o de Golfo da América.

Tratar-se-ia, presentemente, de fazer o mesmo em relação à Rússia?

Aonde se diria, a partir de agora, que terminava ou começava a Europa?

Seria a Sr.ª von der Leyen quem iria desenhar o novo mapa europeu e a sua toponímia?

Outros alemães – na altura, o inimigo – depois de rearmarem o seu país, haviam já tentado o mesmo: assim, e sem que ninguém desse conta, e disso tivesse real vontade, começou a I Grande Guerra.

Esforcei-me, seguidamente, por recordar na História o número de vezes que a velha Rússia já havia invadido e ocupado o nosso continente (também dela, por ora) e por que razões.

Ressoaram-me, então, na cabeça as palavras, então pouco apreciadas, do Papa que, em junho de 2022, mesmo condenando a invasão da Ucrânia, referiu, numa entrevista concedida à revista La Civiltà Cattolica, que “geralmente há vários fatores que contribuem para um conflito”, relembrando, a propósito, que a expansão da OTAN a leste e as demais provocações ocidentais poderiam ter tido, também, um relevante papel na escalada do conflito.

Rapidamente, porém, fui chamado à razão e ao que interessa, e comecei a ouvir economistas ilustres dissertar sobre como o rearmamento da Europa poderia constituir um desafio para a economia europeia e, portanto, também, para a do nosso país.

Prosseguia eu, com eles, nestas divagações, quando escutei, de súbito, ainda na rádio, que o presidente Trump havia ameaçado invadir militarmente a Gronelândia, caso a Dinamarca não lha vendesse por bom preço.

Supus, então, não ter entendido bem a primeira notícia da manhã, pois poderia acontecer que, afinal, a urgência com o rearmamento da Europa se destinava a fazer frente, não à Rússia, que no essencial mostrou intenção de querer, apenas, ocupar o quintal, mas às pretensões norte-americanas.

Será que a Dinamarca, se agredida pelos EUA irá invocar o célere artigo 5.º do tratado que constituiu a OTAN? – ponderei e questionei-me.

E, se o fizesse, qual seria a resposta da Aliança?

Tal artigo diz, com efeito, que «… as Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias partes na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todos».

Problema jurídico complexo – cogitei.

Mas, mais desperto, com a água fria com que lavava, já, a cara, lá aventei, para mim mesmo, o enquadramento da questão: em rigor, a Gronelândia não faz, geograficamente, parte da Europa, mas sim do continente americano e, neste, da América do Norte, mesmo que, politicamente, integre, por outro lado, o Reino da Dinamarca que, esse sim, é um país europeu.

Quid juris: Quem tem, assim, legitimidade para invocar o referido artigo?

A memória recuou algum tempo:  dei comigo, então, a procurar saber como se terá resolvido, antes, no caso de Turquia e da Grécia, o confronto entre estes dois países da OTAN, quando o primeiro invadiu Chipre e ocupou e separou a parte oriental da ilha da parte ocidental, em nome da defesa da população turca que ali vivia?

E no Kosovo, quem impôs e a que título a solução separatista? 

Ainda eu não desligara o motor da memória, quando um outro comentador começou a dissertar sobre a necessidade de, através do reforço das despesas com o rearmamento da Europa, terem os membros daquela aliança, na prática, de aplicarem muitas das verbas dos seus orçamentos dedicadas à defesa na compra de armas produzidas nos EUA.

Mais não fosse, dizia ele, tal compra impunha-se devido à necessidade de compatibilização do armamento de todos os membros daquela aliança militar.

Bem visto, que coerência!

Deu, de seguida, o exemplo da Turquia, que, tendo-se atrevido a comprar à Rússia um sistema antiaéreo S-400, foi afastada da parceria que mantinha no projeto do avião norte-americano F-35.

Ainda mal tinha acabado de fazer a barba  e secava a cara e já um outro locutor avisava que alguns países membros da União Europeia anunciavam a premente necessidade de todos nos munirmos de um “Kit de sobrevivência”.

Interroguei-me novamente – «Deverá tal kit ser composto por produtos europeus ou norte-americanos, em que proporção?»

Começava a ficar embaraçado, quando ouvi o primeiro-ministro português, sempre sorridente, pedindo calma e, sem dizer sim, nem não, desvalorizar um pouco toda esta polémica.

Descansei.

Ele lá sabe – pensei – e de nada vale pedir-lhe mais explicações.

À cautela, todavia, ainda meditei se seria importante saber, antes das eleições de 18 de maio, o que pensam, realmente, os diferentes partidos portugueses sobre algumas matérias que poderão ter impacto nas suas vidas.

 Por exemplo:

– Qual a posição que Portugal deve assumir relativamente a um eventual pedido de destacamento de forças de combate do nosso país para qualquer missão – no âmbito da OTAN, ou fora dela – relacionada com a guerra a leste?

 – Que posição deve o Estado português tomar no caso da anunciada invasão da Gronelândia pelos EUA, designadamente se for solicitado o apoio português pela Dinamarca?

 – Quanto acham os representantes de tais partidos que deve – e se deve – ser o aumento anual da despesa de Portugal com a defesa?

– Onde aplicar tal verba e a quem, com ela, comprar as armas?

– Quanto desse dinheiro deverá ser canalizado para compras de armas americanas – ou europeias – e quanto deverá sobrar para reforçar a indústria nacional de armamentos?

 – Qual a posição a tomar face a uma proposta de reintrodução do serviço militar obrigatório?

– No caso de, depois das eleições e no futuro orçamento, se encarar o reforço das verbas com a defesa, deverá, ou não, haver correlativos cortes nos gastos com o Estado Social e em que áreas?

Desliguei a rádio, pois tinha acabado de fazer a barba.

Saí, então, da casa de banho e entrei na sala, para tomar o pequeno-almoço e logo liguei a televisão.

Dizia esta: «a oeste nada de novo, salvo um alerta laranja face à perigosidade da mais recente tempestade gerada no outro lado do Atlântico e às possíveis repercussões desta na indefesa costa portuguesa.

E a Paz – perguntei-me – por que não a indolente e improdutiva Paz? Qual a razão de não se falar dela?