O presidente dos EUA recebe esta segunda-feira o primeiro-ministro israelita em Washington. Na agenda está a discussão da situação na Faixa de Gaza e a imposição de taxas alfandegárias a Israel.
“Vou partir para os EUA, a convite do Presidente Trump, para falar com ele, claro, sobre estas questões: os reféns, a obtenção da vitória em Gaza e — claro — o regime tarifário que foi imposto a Israel. Espero poder ajudar nesta questão. Essa é a intenção”, disse Benjamin Netanyahu no domingo, no final de uma visita oficial à Hungria.
O primeiro-ministro israelita destacou que será “o primeiro líder internacional, o primeiro líder estrangeiro, que se vai reunir com o Presidente Trump sobre esta questão [tarifas], que é tão importante para a economia israelita”.
“Há uma longa fila de líderes que querem fazer isso em relação às suas economias. Acredito que isto reflete o vínculo pessoal especial, bem como os laços especiais entre os EUA e Israel, que são tão vitais neste momento”, disse Netanyahu, citado em comunicado.
Na quarta-feira, Donald Trump anunciou a aplicação de uma taxa alfandegária de 17% a produtos importados de Israel, no âmbito das novas tarifas a aplicar pelos EUA. Estas tarifas alfandegárias estabelecem um aumento universal de 10%, que entrou em vigor no sábado, e serão aumentadas, a partir de quarta-feira, para várias dezenas de parceiros comerciais dos EUA.
Na quinta-feira, dia seguinte ao anúncio das tarifas, Donald Trump tinha dito que esperava uma visita do seu aliado israelita “num futuro não muito distante, talvez na próxima semana”.
A visita ocorre numa altura em que o exército israelita intensificou as suas operações na Faixa de Gaza, e em que aumentam as tensões sobre o programa nuclear iraniano.
O Presidente dos EUA, que apelou a Teerão para negociar o seu programa nuclear, ameaçou nos últimos dias bombardear o Irão se a diplomacia falhar.
No domingo, o Irão rejeitou qualquer diálogo direto com os EUA, considerando que “não faria sentido”, numa altura em que Trump sugere conversações sem intermediários e ameaça bombardear o país se a diplomacia falhar.