O Conselho Nacional da Juventude (CNJ) ) tem apresentado a sua posição sobre o Orçamento do Estado para 2025 às diversas bancadas parlamentares e membros do Governo. “No centro da intervenção do CNJ tem estado a questão do baixo rendimento disponível entre os jovens”, diz em comunicado, acrescentando que face a esse cenário entende que as medidas propostas pelo Governo são insuficientes. “É fundamental implementar soluções que garantam um aumento significativo do rendimento líquido, como o aumento do salário mínimo e a melhoria das condições laborais”.
Outra questão abordada diz respeito aos estágios profissionais com o CNJ a destacar que o programa +Talento do IEFP, apesar de importante, ainda não cobre a totalidade dos estágios de acesso a certas profissões, como a psicologia. “Esta situação cria um fosso de desigualdade que precisa de ser corrigido, sendo por isso importante garantir que todos os estagiários, independentemente da sua área, têm acesso a estágios com condições dignas e justas”, salienta.
Também a saúde mental é encarada pela CNJ como um dos temas prioritários, entendendo que é necessário alargar os critérios de elegibilidade para as medidas de apoio existentes, garantindo que mais jovens possam beneficiar. “É igualmente vital uma articulação direta com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), assegurando que as respostas em saúde mental não se limitem a intervenções pontuais, mas sejam parte de uma estratégia abrangente e eficaz”, acrescenta o documento.
Ao mesmo tempo, defendem que é necessária assegurar uma oferta de transportes públicos de qualidade e acessível em todo o território nacional. “A falta de soluções de transporte adequadas tem um impacto direto na capacidade dos jovens se deslocarem para estudar ou trabalhar, contribuindo para desigualdades territoriais que são inaceitáveis”, dizem.
No campo da habitação, a posição do CNJ é que de há uma necessidade de um investimento sério em habitação pública. E acrescenta: “A proposta apresentada vai no sentido de serem criadas mais medidas que garantam uma oferta habitacional diversificada e acessível, combatendo a especulação e assegurando que os jovens possam ter acesso a uma casa sem comprometerem a sua qualidade de vida”.