O presidente da Iniciativa Liberal defende que o Conselho de Jurisdição tome uma “decisão exemplar, expedita e justa” sobre Tiago Mayan. No entanto, Rui Rocha recusou-se a comentar se o ex-candidato presidencial deveria ter saído do partido por iniciativa própria.“O que é relevante é que o partido funcione, que os seus órgãos funcionem. Estas questões surgem em todos os partidos, aquilo que é diferenciador é a forma como os partidos reagem”, disse. E quando questionado se este caso pode prejudicar a IL nas autárquicas, Rui Rocha afirmou que o partido “não se define pelo comportamento de alguns dos seus atores”.
Em causa está o facto de Mayan ter falsificado assinaturas, o que levou a pedir a demissão da da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, apesar de ter afirmado que nunca se apropriou de quaisquer fundos. “Os acontecimentos que conduziram à minha demissão não serviram de modo algum para meu benefício pessoal. Quero deixar bem claro que nunca, de forma alguma, me apropriei de quaisquer fundos”, disse em comunicado.
O liberal esclareceu que o seu objetivo “foi permitir que as associações beneficiárias destes fundos não ficassem prejudicadas por quaisquer falhas procedimentais, bem como assegurar a prossecução dos seus projetos, em serviço da população e do interesse público”.
E reconheceu que a falsificação de assinaturas “foi um ato manifestamente irrefletido e censurável”, do qual se arrepende “profundamente”, e que foi da sua “inteira e exclusiva responsabilidade”, não havendo outros envolvidos, sendo “por todos desconhecido”.
Recorde-se que no início do verão, Mayan anunciou a sua candidatura à liderança do partido que irá em eleições em janeiro – tendo sido um dos rostos do movimento Unidos pelo Liberalismo – mas perante este episódio já anunciou que se vai afastar de qualquer participação ativa, mantendo-se como cidadão e como membro de base no partido.