Revolut. “Queremos desafiar a banca tradicional”

Revolut. “Queremos desafiar a banca tradicional”


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Hoje em dia é possível transferir dinheiro gratuitamente para contas bancárias sediadas noutros países e com outras moedas, utilizar o cartão de débito no estrangeiro. Tudo devido à existência de fintechs financeiras. Ainda que os bancos o permitam, aqui há outras facilidades. A Revolut é a mais conhecida, mas não a única. E oferecem cada vez mais serviços, como é o caso do crédito.

Diz que a usa que a Revolut é prática, eficaz e segura. Dá muito jeito para os viajantes mas não só. É que, através deste banco virtual, é possível converter dinheiro dentro da própria aplicação. No fundo é uma conta multimoeda, com soluções pessoais e empresariais, pode funcionar através de cartão ou da aplicação. É possível carregá-la com dinheiro da nossa conta pessoal que, se quisermos usar noutro país, ele fará a conversão do dinheiro.

É preciso ter em conta que existem vários planos e algumas condições. Mas, na prática, fica mais barato a nível de comissões e é mais prático.

Atualmente, a Revolut tem 1,5 milhões de clientes em Portugal e 45 milhões em todo o mundo, segundo dados da empresa enviados ao i. Ao nosso jornal, Rúben Germano, Head of PT Branch da Revolut, defende que a empresa se esforça “para melhorar continuamente a experiência do consumidor – quer isto dizer que ele está no centro de todo o que fazemos e queremos garantir que este possa encontrar numa única aplicação todos os produtos financeiros de que necessita para a sua vida quotidiana”. Assim, a Revolut oferece “uma experiência melhorada, focada nas necessidades do nosso cliente e não nas necessidades do banco, flexível, digital e instantânea. Somos 100% digitais, com uma experiência de utilizador fluida, sem fricção e com foco na autonomia (o cliente pode tratar de todas as operações de gestão dentro da app)”.

E quem usa não quer outra coisa. “É muito mais fácil e rápido. É só colocar o dinheiro na aplicação e onde quer que esteja consigo pagar com aquele cartão, mesmo que a moeda do país seja diferente da minha”, conta ao i Isabel Correia. “Há pacotes pagos e um gratuito e depende de país para país mas penso que todos compensa e facilitam-nos imenso a vida. Para não falar que estão disponíveis, se for preciso alguma coisa, 24h por dia, 7 dias por semana, ao contrário dos bancos tradicionais”, acrescenta.

O i tentou perceber junto da Revolut se empresas deste género chegaram para revolucionar a banca. “É para isso que trabalhamos todos os dias. Queremos desafiar a banca tradicional e fazê-lo juntamente com os nossos clientes baseando-nos em valores como a transparência”, diz Rúben Germano. E acrescenta: “A nossa ambição é sermos a conta principal dos nossos clientes portugueses, por isso, continuamos a lançar produtos que cimentam a nossa posição no mercado. Por exemplo, lançámos agora em julho um produto de crédito pessoal – algo muito pedido pelos nossos clientes e que agora temos maturidade para lançar”.

O responsável garante: “Amadurecemos a nossa oferta, passando de um cartão centrado em viagens para um catálogo de serviços no âmbito da nossa aplicação que inclui pagamentos, mas também poupanças, investimentos, e agora também o crédito pessoal”.

Cada vez mais serviços Ainda que a gama de serviços disponibilizados pela Revolut mostre algumas diferenças de país para país, a verdade é que a empresa tem crescido muito e vai-se aproximando dos bancos tradicionais.

A título de exemplo, já é possível pedir um crédito pessoal na Revolut. E para quem precisa muito, a publicidade é interessante. “Peça um crédito em minutos. Peça até 30.000 euros e obtenha uma resposta em minutos”, lê-se no site da fintech.

Segundo Rúben Germano, Head of Lending da Revolut para Portugal, “este é mais um passo importante no que toca à maturidade dos nossos produtos em Portugal. Estamos a apresentar um produto que é inovador, flexível, que está na vanguarda da inovação financeira. Com este novo lançamento, queremos consolidar ainda mais o nosso crescimento em Portugal, aumentar a nossa base de utilizadores e o nosso catálogo de produtos e, acima de tudo, tornarmo-nos o principal banco para os nossos utilizadores”.

Assim, os pedidos de empréstimo, para operações entre mil e 30 mil euros e um prazo de 18 meses a 7 anos, podem ser feitos diretamente através da app da empresa e é também através dessa mesma aplicação que o cliente pode gerir o seu empréstimo a qualquer momento, alterar a data de reembolso mensal das prestações do empréstimo, reembolsar gratuitamente parte ou a totalidade do montante do empréstimo e consultar facilmente os seus extratos mensais. A taxa de juro será adaptada ao perfil de cada utilizador, mas varia entre 6,07% e cerca de 12% de taxa anual fixa (TAN) e entre 7,6% até 14,7% de taxa anual efetiva (TAEG). Além disso, o empréstimo não tem qualquer custo de amortização, total ou parcial, nem despesas de abertura.

E do crédito pessoal passamos ao crédito habitação, que é uma possibilidade que também já está em cima da mesa para a Revolut. Planos que incluem não só os empréstimos para comprar casa mas também cartões de crédito.