Entre os meses de abril e de junho foram reportados mais de 500 homicídios por semana na África do Sul, número que significa um aumento da criminalidade em 2,5% no país.
Na apresentação das estatísticas trimestrais sobre a criminalidade na África do Sul, na Cidade do Cabo, o ministro da Polícia salientou que quatro das nove províncias do país, incluindo Gauteng, onde se situa Joanesburgo, registaram um agravamento do crime de homicídio.
De acordo com os dados oficiais, entre o início de abril e o fim de junho de 2024, a polícia sul-africana registou 6.198 homicídios em todo o país, representando mais de 2.000 pessoas assassinadas na África do Sul por mês, ou seja, mais de 500 pessoas por semana.
No total, o relatório dá conta de mais de 800.000 casos de criminalidade no país entre abril e junho, incluindo 11.566 ofensas sexuais.
A polícia sul-africana reportou ainda 3.494 sequestros durante aqueles três meses, sendo a maioria nas províncias de Gauteng (1.739 casos) e KwaZulu-Natal (662 casos), que faz fronteira com Moçambique. 135 casos foram por resgate financeiro.
Espaços públicos
«Na generalidade, a criminalidade está a aumentar, os crimes que mais nos deveriam preocupar são: homicídio, violação, hijacking, sequestro para pagamento de resgate e extorsão», disse o ministro da Polícia da África do Sul na conferência de imprensa de apresentação dos dados.
«Quatro das nove províncias registaram um agravamento dos casos de homicídio, tendo o maior aumento sido registado no Cabo Ocidental, seguido das províncias de Noroeste, Cabo Oriental e Limpopo», adiantou Senzo Mchunu.
O governante informou que «as 30 esquadras com maior número de homicídios reportados situam-se no Cabo Ocidental (11 esquadras), KwaZulu-Natal (oito), Cabo Oriental (seis) e na província de Gauteng (cinco)», onde se situa Joanesburgo, a capital económica, e Pretória, a capital política do país.
Senzo Mchunu sublinhou que «a maioria dos homicídios ocorreu em espaços público» e que «estes dados, contam uma história preocupante, refletindo a gravidade dos desafios que enfrentamos».