Nesta época do ano o consumo de bebidas aumenta exponencialmente e como em tudo existem sempre algumas que sobressaem. Talvez porque o calor nos peça mais líquidos, porque precisamos de nos refrescar e as bebidas geladas ajudam para o efeito. Com as mil e uma festas, festivais e concertos, os bares de praia e as discotecas, existe sempre alguém de copo na mão ou com uma garrafa na geleira pronta a satisfazer seja por necessidade ou puro prazer. Portugal tem vindo a aderir cada vez mais aos cocktails e nos dias que correm já não há restaurante mais “fancy” ou espaço de lazer onde não existam bartenders com conhecimento para misturar sabores e bebidas para nos apresentar produções sofisticadas, algumas que mais parecem quadros do Picasso. É também por esta altura que as marcas aproveitam para promover os seus produtos e tentar chegar aos clientes de forma mais ou menos agressiva num mercado altamente competitivo.
Recordo-me quando há uns anos apareceu na Península Ibérica a moda dos gins. Não havia alma nenhuma que não quisesse na mão um copo em balão grande com uma qualquer novidade de preferência com ervas, pimentas ou frutos lá dentro. Antes disso era apenas o Hendricks que se vendia consumido com uma rodela de pepino e todos os outros levavam uma de limão. Apareceram dezenas de marcas (algumas portuguesas) com garrafas e edições diferentes, especialistas na matéria e provas de gin e quem o consumia sentia-se “muito à frente”. Depois disso foi a vez do “Spritz Aperol”, a bebida alaranjada originaria de Veneza que acompanhada de soda foi rainha das esplanadas lusitanas mas também o nosso Porto Tonic, tradicional vinho do Porto servido com água tónica que foi muito consumido sobretudo por pessoas do sexo feminino. Bebidas leves e refrescantes que se juntavam aos grandes clássicos importados do Brasil. A caipirinha e a caipiroska, uma feita à base de cachaça a outra de vodka.
Nos últimos anos, com a oportunidade criada pelos cocktails, que por apresentarem uma maior produção, permitem a quem as vende subir o preço, têm aparecido alguns casos de verdadeiro sucesso. Talvez o maior deles todos seja o Moscow mule, servido numa caneca de aço inoxidável ou cobre, que lhe dá logo um toque de identidade diferente, a bebida junta ao gelo e à vodka o sumo de limão e a ginger beer (ou cerveja de gengibre em português) com uma rodela de lima (ou raspas) e para finalizar uma espuma branca, também ela de gengibre, que contrasta o doce e o ácido dando-lhe uma imagem singular. Essa tornou-se de há um tempo para cá a escolha mais popular e neste Verão não há espaço que não a tenha à venda.
Continua ainda assim a ser a cerveja bem gelada, servida diretamente da garrafa ou em copo de imperial (ou fino como dizem no Norte) a principal escolha, sobretudo dos homens. Seja pelo preço convidativo ou pelo baixo teor de álcool. Também a famosa sangria de vinho ou de espumante, carregada de fruta e que com o passar de tempo ganhou novos sabores e aromas. Entre as novidades e os clássicos de sempre, aproveite um bom copo, divirta-se mas beba sempre com moderação e aproveite o que resta desta época do ano para dançar!