Adeus e obrigado, Jezebel!


Encerra-se um ciclo e com ele uma época em que fomos todos felizes, em que dançámos ao som da música Disco e usufruímos daquele ambiente mágico criado por uns quantos a quem só tenho que agradecer. Adeus e obrigado, Jezebel!


Este fim de semana marcou o fim de uma das discotecas portuguesas mais emblemáticas dos últimos anos. O Jezebel, inserido no complexo do Casino do Estoril, foi durante quase 20 anos muito mais do que uma pista de dança ou suporte para os jogadores que queriam beber um copo depois de gastarem uns “trocos”. Era sobretudo um clube de amigos, um espaço onde se construíram muitas amizades, em que se encontravam velhos conhecidos, daqueles sítios que podíamos ir sozinhos porque estava lá sempre alguém que reconhecíamos para nos acompanhar. É por isso com natural tristeza que me despeço mas acima de tudo com o sentimento de gratidão por lá ter passado tantas e tão boas noites, de me ter divertido muito e de ter sido sempre bem recebido por gente boa, que primava pelo serviço de excelência e por um atendimento que se fazia acompanhar de um sorriso.

Tive o primeiro contacto por volta de 2006, era o meu amigo Gipsy o concessionário de um bar que na altura existia atrás da cabine do dj e que era ponto de encontro da malta da minha geração e para lá caminhei muitas vezes porque no Verão a equipa transferia-se para o Tamariz, onde tive a oportunidade de explorar vários bares e de passar música para além de ter explorado as quintas-feiras. Sempre foi uma casa que primava pelo bom gosto, com bebidas de qualidade e copos de vidro, que para quem aprecia é de facto um fator de diferenciação e um pormenor que faz diferença. Grandes festas, empregados de bar que eram ao mesmo tempo os primeiros relações públicas pela arte de receber e djs que fizeram parte do meu percurso na música e dos quais tenho que destacar o Filipe Matos primeiro e depois o meu amigo e grande dj Baratta, a quem carinhosamente apelidei de Celsinho.

Todos nós que partilhávamos aquele espaço nos habituámos a respeitar e admirar as pessoas e são as pessoas que fazem a noite. O gerente Pedro Santos, companheiro de tantas conversas, e um dos sócios, o Carlinhos Canto Moniz, com quem partilhei muitas gargalhadas. A amizade foi crescendo de tal forma que durante largos anos os meus caminhos iam invariavelmente dar ali para ir ter com as minhas amigas Mané e Sofia Brás Monteiro, que exploravam o bar da pista. Muitas foram as noites que começaram com um jantar e se prolongaram pela madrugada entre abraços e muita cumplicidade. Mas não há como não destacar o grande obreiro do sucesso que foi o Jezebel. O Gonçalo Barreto marcou a noite da Linha e foi durante muito tempo a alma e o coração do tal grupo que se criou e que se expandiu. Sócio, relações publicas, confidente e amigo, criou um projecto mágico ao qual emprestou parte da sua vida. O Jezebel era o Gonçalo e o Gonçalo era o Jezebel. Um dos nossos hobbies era apertar com ele desde que entrávamos até à saída. Ou pela cor da écharpe ou a palhinha que estava fora do sítio, adorávamos “reinar”, tal era o seu nervosismo e preocupação para que tudo corresse meticulosamente bem.

Encerra-se um ciclo e com ele uma época em que fomos todos felizes, em que dançámos ao som da música Disco e usufruímos daquele ambiente mágico criado por uns quantos a quem só tenho que agradecer. Adeus e obrigado, Jezebel!

“Caminhando e cantando, E seguindo a canção, Somos todos iguais, Braços dados ou não. Vem, vamos embora, Que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, Não espera acontecer…”.

Adeus e obrigado, Jezebel!


Encerra-se um ciclo e com ele uma época em que fomos todos felizes, em que dançámos ao som da música Disco e usufruímos daquele ambiente mágico criado por uns quantos a quem só tenho que agradecer. Adeus e obrigado, Jezebel!


Este fim de semana marcou o fim de uma das discotecas portuguesas mais emblemáticas dos últimos anos. O Jezebel, inserido no complexo do Casino do Estoril, foi durante quase 20 anos muito mais do que uma pista de dança ou suporte para os jogadores que queriam beber um copo depois de gastarem uns “trocos”. Era sobretudo um clube de amigos, um espaço onde se construíram muitas amizades, em que se encontravam velhos conhecidos, daqueles sítios que podíamos ir sozinhos porque estava lá sempre alguém que reconhecíamos para nos acompanhar. É por isso com natural tristeza que me despeço mas acima de tudo com o sentimento de gratidão por lá ter passado tantas e tão boas noites, de me ter divertido muito e de ter sido sempre bem recebido por gente boa, que primava pelo serviço de excelência e por um atendimento que se fazia acompanhar de um sorriso.

Tive o primeiro contacto por volta de 2006, era o meu amigo Gipsy o concessionário de um bar que na altura existia atrás da cabine do dj e que era ponto de encontro da malta da minha geração e para lá caminhei muitas vezes porque no Verão a equipa transferia-se para o Tamariz, onde tive a oportunidade de explorar vários bares e de passar música para além de ter explorado as quintas-feiras. Sempre foi uma casa que primava pelo bom gosto, com bebidas de qualidade e copos de vidro, que para quem aprecia é de facto um fator de diferenciação e um pormenor que faz diferença. Grandes festas, empregados de bar que eram ao mesmo tempo os primeiros relações públicas pela arte de receber e djs que fizeram parte do meu percurso na música e dos quais tenho que destacar o Filipe Matos primeiro e depois o meu amigo e grande dj Baratta, a quem carinhosamente apelidei de Celsinho.

Todos nós que partilhávamos aquele espaço nos habituámos a respeitar e admirar as pessoas e são as pessoas que fazem a noite. O gerente Pedro Santos, companheiro de tantas conversas, e um dos sócios, o Carlinhos Canto Moniz, com quem partilhei muitas gargalhadas. A amizade foi crescendo de tal forma que durante largos anos os meus caminhos iam invariavelmente dar ali para ir ter com as minhas amigas Mané e Sofia Brás Monteiro, que exploravam o bar da pista. Muitas foram as noites que começaram com um jantar e se prolongaram pela madrugada entre abraços e muita cumplicidade. Mas não há como não destacar o grande obreiro do sucesso que foi o Jezebel. O Gonçalo Barreto marcou a noite da Linha e foi durante muito tempo a alma e o coração do tal grupo que se criou e que se expandiu. Sócio, relações publicas, confidente e amigo, criou um projecto mágico ao qual emprestou parte da sua vida. O Jezebel era o Gonçalo e o Gonçalo era o Jezebel. Um dos nossos hobbies era apertar com ele desde que entrávamos até à saída. Ou pela cor da écharpe ou a palhinha que estava fora do sítio, adorávamos “reinar”, tal era o seu nervosismo e preocupação para que tudo corresse meticulosamente bem.

Encerra-se um ciclo e com ele uma época em que fomos todos felizes, em que dançámos ao som da música Disco e usufruímos daquele ambiente mágico criado por uns quantos a quem só tenho que agradecer. Adeus e obrigado, Jezebel!

“Caminhando e cantando, E seguindo a canção, Somos todos iguais, Braços dados ou não. Vem, vamos embora, Que esperar não é saber, Quem sabe faz a hora, Não espera acontecer…”.