Biden promete defender Ucrânia e NATO

Biden promete defender Ucrânia e NATO


A visita de quatro dias de Joe Biden à Ucrânia e à Polónia foi concluída em Varsóvia, com o Presidente reunido com os líderes do grupo B9.


Depois de ter estado na Ucrânia numa visita surpresa, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu-se com o grupo B9, também chamado Iniciativa Bucareste 9, em Varsóvia, onde reafirmou o compromisso dos Estados Unidos de defenderem, «literalmente, cada centímetro da NATO».

O líder norte-americano, citado pelo Guardian, referiu que os seus homólogos dos países que constituem o grupo B9 são a «linha de frente» da defesa coletiva da NATO, assim como «pela liberdade das democracias na Europa e em todo o mundo». «Juntos, continuaremos o nosso apoio duradouro à Ucrânia, enquanto eles continuam a defender a sua liberdade, com os países em torno desta mesa a oferecer uma liderança coletiva», disse o Presidente Biden ao grupo de países formado pela Bulgária, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Eslováquia. «Vocês sabem melhor do que ninguém o que está em jogo neste conflito. Não apenas pela Ucrânia, mas pela liberdade das democracias em toda a Europa e em todo o mundo», argumentou o Presidente norte-americano. E acrescentou ainda que os Estados Unidos vão intensificar o fornecimento de assistência de segurança crítica à Ucrânia e o apoio crítico a «milhões» de refugiados. 

Suspensão do START 
Em reação à decisão da Rússia de suspender o novo tratado START – um acordo assinado em 2010 que limita o número de ogivas nucleares estratégicas russas e americanas –, o Presidente dos Estados Unidos, ainda na Polónia, considerou-a um «grande erro».

Os deputados da Câmara Baixa do Parlamento russo aprovaram, nesta quarta-feira, a suspensão do Tratado de Desarmamento Nuclear START III, uma decisão que tinha sido anunciada na terça-feira pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O líder russo disse que Moscovo não pode aceitar inspeções dos Estados Unidos nas suas instalações nucleares enquanto Washington e os seus aliados da NATO declararem, abertamente, que o seu objetivo é a derrota da Rússia na Ucrânia, numa altura em que se assinala o primeiro aniversário ano sobre a invasão da Ucrânia pelas tropas russas. O acordo, que tinha sido assinado em Praga, no dia 8 de abril de 2010, pelos antigos chefes de Estado norte-americano, Barack Obama, e russo Dmitri Medvedev, limitava o número de armas nucleares estratégicas a um máximo de 1550 ogivas nucleares e 700 sistemas balísticos (terra, mar e ar) para cada uma das potências.

Visita surpresa
A viagem de quatro dias de Biden à Ucrânia e à Polónia teve início em Kiev, onde o líder dos Estados Unidos fez uma visita surpresa e reforçou o seu apoio ao país invadido pela Rússia. «Um ano depois, Kiev continua de pé», disse Biden, referindo-se ao primeiro aniversário da invasão russa na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro de 2022. «Os americanos estão convosco e o mundo também», assegurou o Presidente dos Estados Unidos, apesar de alertar que a «guerra brutal e injusta» está longe de ser vencida e que haverá «dias, semanas e anos muito difíceis pela frente».

No entanto, o Presidente americano também sublinhou que a «guerra de conquista de Vladimir Putin está a falhar», acrescentando ainda que o líder russo estava a contar com o facto do mundo não se unir contra a invasão, «mas estava simplesmente errado». E prometeu um «apoio de longo prazo» à Ucrânia, tendo argumentado que «a liberdade não tem preço». «Vale a pena lutar pelo tempo que for preciso. E é assim que estaremos convosco», afirmou.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao seu homólogo norte-americano pela sua liderança na reunião do «mundo» em «apoio à liberdade», no âmbito do discurso do Presidente norte-americano em Varsóvia, nesta terça-feira. 

«Agradeço a Joe Biden e a toda a América pela sua liderança em reunir o mundo em apoio à liberdade e pela sua assistência vital à Ucrânia. Juntos caminhamos para uma vitória comum, e devemos ganhá-la já este ano», pode ler-se numa publicação feita por Zelensky no Twitter.