A auditoria e o ESG


A Auditoria Interna pugna por garantir às organizações um ambiente de controlo eficaz, que permita uma relevante e bem adequada utilização de Recursos, com eficácia e eficiência.


As empresas adotaram uma nova nomenclatura, um novo paradigma empresarial, que se traduz através da sigla ESG (Environment, Social and Governance), tendo começado a ser utilizado no sector financeiro foi importado transversalmente para os diferentes setores económicos e sociais. O termo “environment”, etimologicamente ligado ao ambiente, cada vez mais as organizações abordam esta temática de um modo mais holístico, que não só incorpora a vertente da descarbonização e das emissões de CO2, mas que se aproxima do conceito que as metodologias de gestao de risco assumiram, recordemos a propósito o modelo COSO e a sua fase inicial para levar a efeito o processo de” RisK assessment” relativa ao ambiente de controlo, como primeira etapa de avaliação.

É nesta vertente, que o “E”, da sigla ESG, se prende e articula com a Auditoria Interna.

A Auditoria Interna pugna por garantir às organizações um ambiente de controlo eficaz, que permita uma relevante e bem adequada utilização de Recursos, com eficácia e eficiência, sendo uma mais valia para as organizações, enquanto assurance de que as boas práticas na utilização de recursos, são adoptadas pelas organizações e surgem como a “pedra basilar” que permite garantir a sustentabilidade das mesmas, no médio e longo prazo.

Qual o fator, ou o pilar, que se assume como fundamental para que toda a arquitetura da sigla ESG funcione?

A resposta leva-nos indiscutivelmente à “Governance”, enquanto terceiro pilar do conceito é determinante para o êxito deste novo paradigma empresarial. Deste modo, os modelos organizacionais de raiz anglo-saxónicos, com uma vertente dualista e comissões especializadas, de entre as quais a Comissão Especializada de Audioria, à qual a Auditoria Interna deve reportar, surge como um fator fundamental de garantia de independência da função de Auditoria Interna.

Neste âmbito, a posição da Auditoria nas organizações e a sua reportabilidade são fatores sem dúvida determinantes para a sua eficácia.

Recordemos, a propósito, os 4 pilares fundamentais enumerados pelo Institute of Internal Auditors (IIA) para uma função de Auditoria Interna em linha com os standards internacionais da função e para a profissão, indispensável, dentro das boas práticas organizacionais, a saber:

–           Independência e objetividade (norma 1100);

–           Proficiência e zelo profissional (norma 1200), desenvolvimento profissional contínuo (norma 1230), que permita aperfeiçoar os conhecimentos dos auditores; e

–           A garantia de execução de um programa de Qualidade e melhoria (1300), com a sigla QAIP (Quality Assurance Improvement Programme) que é desenvolvido para garantir a existência de uma avaliação da qualidade do exercício da atividade de auditoria e a forma como a função está inserida na organização e é por esta considerada, em linha com as normas e requisitos internacionais para a função.

Nesta vertente, o papel a desempenhar pela Associação Profissional a que presido, e que representa o IIA em Portugal (IIA – Portugal, IPAI) é extraordináriamente relevante e tem merecido uma particular atenção ao longo deste ano de atividade, através de várias ações de formação e eventos que se inserem na formação continua a proporcional aos seus membros.

Ao longo deste ano em que o IPAI completa 30 anos de existência, vão exister vários eventos, webinares, seminários e no mês de novembro, terá lugar a Conferência Anual, cuja temática irá versar o “ESG” na vertente governance, onde a nível do setor empresarial publico e privado e no setor autárquico os desafios são relevantes

Deter cada vez mais formação contínua e skills necessários, privilegiando o pensamento critico, de colaboração e comunicação horizontal, vertical, numa ótica de re-imaginar a função de Auditoria no novo contexto económico e de envolvente do negócio é cada vez mais desafiante para o auditor e para a função de auditoria: uma adequada “governance “ e reportabilidade são o factor que farão, sem duvida, a diferenciação pela positiva.

 

 

 

 

A auditoria e o ESG


A Auditoria Interna pugna por garantir às organizações um ambiente de controlo eficaz, que permita uma relevante e bem adequada utilização de Recursos, com eficácia e eficiência.


As empresas adotaram uma nova nomenclatura, um novo paradigma empresarial, que se traduz através da sigla ESG (Environment, Social and Governance), tendo começado a ser utilizado no sector financeiro foi importado transversalmente para os diferentes setores económicos e sociais. O termo “environment”, etimologicamente ligado ao ambiente, cada vez mais as organizações abordam esta temática de um modo mais holístico, que não só incorpora a vertente da descarbonização e das emissões de CO2, mas que se aproxima do conceito que as metodologias de gestao de risco assumiram, recordemos a propósito o modelo COSO e a sua fase inicial para levar a efeito o processo de” RisK assessment” relativa ao ambiente de controlo, como primeira etapa de avaliação.

É nesta vertente, que o “E”, da sigla ESG, se prende e articula com a Auditoria Interna.

A Auditoria Interna pugna por garantir às organizações um ambiente de controlo eficaz, que permita uma relevante e bem adequada utilização de Recursos, com eficácia e eficiência, sendo uma mais valia para as organizações, enquanto assurance de que as boas práticas na utilização de recursos, são adoptadas pelas organizações e surgem como a “pedra basilar” que permite garantir a sustentabilidade das mesmas, no médio e longo prazo.

Qual o fator, ou o pilar, que se assume como fundamental para que toda a arquitetura da sigla ESG funcione?

A resposta leva-nos indiscutivelmente à “Governance”, enquanto terceiro pilar do conceito é determinante para o êxito deste novo paradigma empresarial. Deste modo, os modelos organizacionais de raiz anglo-saxónicos, com uma vertente dualista e comissões especializadas, de entre as quais a Comissão Especializada de Audioria, à qual a Auditoria Interna deve reportar, surge como um fator fundamental de garantia de independência da função de Auditoria Interna.

Neste âmbito, a posição da Auditoria nas organizações e a sua reportabilidade são fatores sem dúvida determinantes para a sua eficácia.

Recordemos, a propósito, os 4 pilares fundamentais enumerados pelo Institute of Internal Auditors (IIA) para uma função de Auditoria Interna em linha com os standards internacionais da função e para a profissão, indispensável, dentro das boas práticas organizacionais, a saber:

–           Independência e objetividade (norma 1100);

–           Proficiência e zelo profissional (norma 1200), desenvolvimento profissional contínuo (norma 1230), que permita aperfeiçoar os conhecimentos dos auditores; e

–           A garantia de execução de um programa de Qualidade e melhoria (1300), com a sigla QAIP (Quality Assurance Improvement Programme) que é desenvolvido para garantir a existência de uma avaliação da qualidade do exercício da atividade de auditoria e a forma como a função está inserida na organização e é por esta considerada, em linha com as normas e requisitos internacionais para a função.

Nesta vertente, o papel a desempenhar pela Associação Profissional a que presido, e que representa o IIA em Portugal (IIA – Portugal, IPAI) é extraordináriamente relevante e tem merecido uma particular atenção ao longo deste ano de atividade, através de várias ações de formação e eventos que se inserem na formação continua a proporcional aos seus membros.

Ao longo deste ano em que o IPAI completa 30 anos de existência, vão exister vários eventos, webinares, seminários e no mês de novembro, terá lugar a Conferência Anual, cuja temática irá versar o “ESG” na vertente governance, onde a nível do setor empresarial publico e privado e no setor autárquico os desafios são relevantes

Deter cada vez mais formação contínua e skills necessários, privilegiando o pensamento critico, de colaboração e comunicação horizontal, vertical, numa ótica de re-imaginar a função de Auditoria no novo contexto económico e de envolvente do negócio é cada vez mais desafiante para o auditor e para a função de auditoria: uma adequada “governance “ e reportabilidade são o factor que farão, sem duvida, a diferenciação pela positiva.