A Educação é a maior e melhor arma para o desenvolvimento das pessoas e, obviamente, de um país. Convém, desde já, destrinçar entre crescimento e desenvolvimento. Um retardado intelectual (50. QI) pode crescer mas nunca será capaz de se desenvolver. Nos Estados soberanos do 3.º Mundo, como lhe chamou George Balandier, uma das características conhecidas é a estagnação, por falta de desenvolvimento e de infraestruturas que possam dinamizar a Economia, a ausência de Inovação, de modernização, de competição e, sobre tudo, de preparação das pessoas, que não sentem sequer qualquer ambição, como o atingir certas metas. É frequente ouvir dizer que a educação aprende-se em casa e que a Instrução se adquire na Escola. Uma questão conhecida, e muito debatida, no âmbito da Educação é que ninguém pode dar aquilo que não tem, ou seja, como é que alguém sem Educação pode dar Educação a terceiros e, infelizmente, ao longo da nossa vida, de quase nove décadas, conhecemos muitos professores, de vários graus de Ensino, sem qualquer espécie de Educação. Para quem frequentou a Escola Primária, nos anos 40 do séc. passado, e depois o Liceu, era normal os professores agredirem os alunos com ponteiros de bambu, na cabeça, puxões de orelhas, reguadas, onde calhava, queixas escritas nos cadernos escolares, para os pais, que por sua vez, também batiam nos filhos para ver se eles melhoravam a sua performance… Nesse tempo era ensinado, aos adolescentes, que um Polícia era um amigo sempre pronto a ajudar e a proteger qualquer pessoa que solicitasse ajuda. Hodiernamente, a Sociedade involuiu e tudo mudou. Hoje, o Estado não se preocupa com a Educação, apenas entende que lhe compete a instrução, nome pelo qual era designado o Ministério no Campo Santana. Hoje a Família está desestruturada, havendo várias formas de famílias, não convencionais, com poucas afinidades, entre elementos que as compõem, com muito pouca ou nenhuma Educação, com filhos a agredirem e a insultarem os pais (violência doméstica), com alunos a baterem em professores, em contínuos, em colegas, a agredirem Polícias da “Escola Segura”, a consumirem e a venderem drogas na Escola, além de conduzirem bicicletas e trotinetas, em cima dos passeios e em ruas em contramão a passarem, montados nesses veículos, nas passagens de peões, e a ofenderem quem lhes chama a atenção para o que estão a fazer. Sim, a única coisa que é preciso instituir, que é necessário criar é um serviço militar que eduque e civilize esses marginais que a sociedade criou e que sejam entregues 18 meses a 2 anos, às Forças Armadas, para que fiquem aptos para uma vida Social sem violência, com algum civismo, e com alguma preparação para, em caso de necessidade, puderem ajudar na defesa da Nação. Se em tempo de guerra, na Europa, e com o risco de uma 3ª Guerra Mundial, à porta, há pessoas que não entendem necessário a reposição do Serviço Militar Obrigatório, então é provável, que não percebam nada do que está a acontecer na sociedade portuguesa, e não só, e sobre tudo, de como a instituição militar está preparada e pronta a ajudar a juventude portuguesa, a ser novamente útil à sociedade e às instituições, ajudando também o país, a ser o que já foi, no passado, e os jovens a terem orgulho em serem portugueses e com qualificações que possam colocar, de novo, o país na senda do progresso e do desenvolvimento.
Sociólogo
Escreve quinzenalmente