Nas últimas semanas a cidade de Lisboa viveu um período estranho e potencialmente perigoso para a saúde pública.
Em apenas quinze dias os sindicatos promoveram uma greve de trabalhadores da higiene urbana e, posteriormente, realizaram visitas e reuniões de trabalhadores coincidentes com o horário de início de trabalho das equipas de recolha de lixo da cidade.
Em consequência, Lisboa viveu dias seguidos de lixo por recolher, com caixotes cheios, sacos e detritos espalhados pelas ruas da cidade, fazendo perigar a saúde pública e levando os lisboetas ao desespero.
Esta ação dos sindicatos, nada inocente, revela, para além da clara despreocupação com a saúde pública, um completo desrespeito por todos os outros trabalhadores da cidade, a começar logo pelos da Higiene Urbana.
Como muitos dos lisboetas puderam constatar, um saco de lixo não recolhido pode rasgar-se e, potenciado pelo vento, transforma-se num trabalho acrescido de varredura, a que os trabalhadores da Higiene Urbana nas freguesias estão obrigados a responder.
O facto de, por esta ação dos sindicatos, os funcionários da Higiene Urbana das Juntas de Freguesia terem de ser desviados para varrer o lixo, que se vai multiplicando em função dos muitos rasgões em sacos não recolhidos, impede-os de realizarem tarefas planeadas, resultando em outros problemas de salubridade e saúde públicas.
Acresce que, numa análise mais fina ao que se tem passado na cidade, verificamos que estes sindicatos (liderados por elementos afetos à esquerda política), parecem mais focados em gerar o caos na cidade do que em estabelecer qualquer forma de protesto que não implique o prejuízo da saúde pública de todos nós.
Quando não se tem o poder lançam-se os sindicatos nas ruas, como se os trabalhadores fossem joguetes políticos e não cidadãos a lutar pelos seus direitos. Um clássico.
Na verdade, se analisarmos com atenção, esta tentativa de prejudicar a qualidade de vida na cidade de Lisboa, aparece, coincidentemente, num período em que a esquerda tem desenvolvido um esforço significativo para bloquear a ação governativa de Carlos Moedas de forma sistemática.
Primeiro através da tentativa de atrasar a aprovação do indispensável orçamento, para que o presidente da Câmara pudesse começar a justificar junto dos lisboetas a confiança que este lhes mereceu.
Depois tentaram condicionar a retirada progressiva da ciclovia da Almirante Reis e a implementação da nova solução pretendida. Este episódio teve esta semana mais uma ação de bloqueio de trânsito na própria Almirante Reis.
Importa também salientar que o Conselho de Cidadãos, uma importante ferramenta de participação pública e uma das principais propostas de Carlos Moedas no seu programa eleitoral, tem estado sob críticas cerradas de toda a esquerda. Justamente aqueles que se afirmam os paladinos da participação pública.
E mais recentemente, todos assistimos ao profundo disparate que foi a esquerda usar a maioria que tem contra o presidente da Câmara, para aprovar uma proposta perfeitamente ridícula, que foi a da redução de velocidade na cidade de Lisboa, juntamente com a interdição de circulação de carros ao fim de semana na Avenida da Liberdade.
E muitas outras tentativas de bloqueio e prejuízo poderia elencar.
Todas estas ações se conjugam numa consequência óbvia: a esquerda tem tanto medo da governação de Carlos Moedas, que tudo faz para o impedir de governar, ao ponto de tentar mesmo fazer política com o lixo dos outros.