BPI triplica lucros para 307 milhões de euros em 2021

BPI triplica lucros para 307 milhões de euros em 2021


“Os resultados saíram acima das nossas expectativas”, diz João Pedro Oliveira e Costa, CEO do banco.


O BPI registou lucros de 307 milhões de euros em 2021, um valor que é quase o triplo face aos 105 milhões conseguidos no ano anterior. Para João Pedro Oliveira e Costa, CEO do banco, não há dúvidas: “Os resultados saíram acima das nossas expectativas”.

A ajudar a estes resultados positivos estiveram não só a atividade portuguesa como a angolana. Em Portugal, o resultado líquido recorrente do BPI ascendeu a 200 milhões, um valor muito superior aos 84 milhões registados em 2020. Este resultado inclui custos não recorrentes com reformas antecipadas e rescisões voluntárias, ascendeu a 179 milhões em 2021 (66 milhões no ano anterior)

Já o BFA contribuiu com 106 milhões de euros, incluindo o dividendo de 40 milhões e outros 50 milhões de distribuição de reservas reconhecidos em resultados.

“Os resultados de 2021 mostram que o BPI está numa forte posição para continuar a apoiar as famílias e as empresas no caminho para a recuperação económica. O Banco continua a investir na qualidade dos serviços, na expansão da Banca digital e na melhoria da experiência dos Clientes, o que explica a confiança que os mesmos depositam no BPI, evidenciada pelo crescimento das quotas de mercado. Iniciamos agora um novo exercício com a confiança de dispor de uma elevada capitalização e posição de liquidez, uma equipa coesa e uma visão estratégica para o crescimento e a sustentabilidade, para a qual contamos também com o apoio do nosso acionista CaixaBank”, revela o presidente da instituição financeira.

Os recursos totais de clientes cresceram 9%, totalizando 40305 milhões no final de 2021. A quota de mercado dos recursos situou-se em 11.3% em novembro de 2021. Já os depósitos de clientes aumentaram 11%, totalizando 28872 milhões, representando 71% do ativo e constituem a principal fonte de financiamento do balanço.

A carteira de crédito à habitação aumentou 1080 milhões para 13089 milhões de euros. A contratação de crédito hipotecário cresceu 40% face a 2020, alcançando 2443 milhões. O BPI atingiu uma quota de mercado na contratação acumulada até novembro de 15,8%, enquanto a quota de mercado de crédito hipotecário em carteira ascendeu a 13,1% no mesmo mês. A carteira de outro crédito a particulares totalizou 1803 milhões, enquanto a contratação de crédito pessoal e automóvel também subiu.

As comissões líquidas aumentaram 18% face ao período homólogo, para 288 milhões. "Para este crescimento contribuiu o forte dinamismo na venda de fundos de investimento e seguros de capitalização, bem como o aumento das comissões bancárias associadas a crédito e a contas e das comissões de intermediação de seguro", acrescenta o banco.

Os custos de estrutura recorrentes permaneceram quase inalterados (+0.4%), refletindo: a queda de 2.9% dos custos com pessoal e gastos gerais administrativos; e a subida de 25.8% das depreciações e amortizações, essencialmente explicada pelo investimento em software e obras em imóveis. 

No final do ano, o BPI contava com 4478 colaboradores (-144 em termos líquidos face a dezembro de 2020). Na mesma data a rede de distribuição totalizava 349 unidades comerciais, entre balcões (297), centros premier (19), centros private banking (3), 1 balcão móvel e centros de empresas e institucionais (29).