O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou esta quarta-feira que existe "um risco real de um novo conflito armado na Europa" após as conversações entre os membros da Aliança e a Rússia terem terminado sem sinais de progresso no sentido de desanuviar a crise sobre a Ucrânia”.
O vice-chanceler russo dos Negócios Estrangeiros, Alexander Grushko, apareceu depois das quatro horas de conversações renovando a ideia de que Moscovo tomaria medidas militares se as medidas políticas não forem suficientes para "neutralizar as ameaças" que diz enfrentar. O comentário veio dias depois de o seu colega diplomata russo, Sergei Ryabkov, ter assegurado aos jornalistas de que a Rússia não tinha qualquer intenção de invadir a Ucrânia.
Grushko disse aos representantes da NATO que "um novo deslize da situação poderia levar às consequências mais imprevisíveis e mais severas para a segurança europeia". O vice-chanceler russo da defesa, Alexander Fomin, foi citado como tendo dito que as relações com a NATO estavam a um "nível criticamente baixo”.
Fontes do governo ucraniano sugerem que a Rússia está a fazer uma "provocação encenada" dentro da Ucrânia que poderia então ser utilizada para justificar um ataque maior. Isto poderia incluir um incidente "violento" na embaixada ou consulado russo, e Moscovo poderia desta forma culpar os extremistas ucranianos de extrema-direita.
Entretanto, autoridades de Kiev confirmaram as notícias de que a administração de Biden autorizou discretamente uma assistência adicional de segurança de 200 milhões de dólares (cerca de 174 milhões de euros) à Ucrânia no final de dezembro. A entrega – inicialmente relatada pela CNN – incluiria sistemas de radar e equipamento marítimo.