Portugal acolhe 273 afegãos que têm carreiras na área artística

Portugal acolhe 273 afegãos que têm carreiras na área artística


A operação foi feita em conjunto com o Instituto de Música Nacional do Afeganistão. Portugal até ao momento já acolheu mais de 700 afegãos desde o início da crise humanitária. 


Portugal acolheu, esta segunda-feira, 273 cidadãos afegãos, grande parte com carreira musical e artística, através de uma operação em cooperação com os amigos do Instituto de Música Nacional do Afeganistão. Até ao momento, o nosso país já acolheu um total de 764 cidadãos afegãos. 

"É com enorme alegria e espírito de solidariedade internacional que recebemos hoje em Portugal 273 cidadãos afegãos, numa operação em articulação com [os amigos] do Instituto de Música Nacional do Afeganistão (ANIM)", anunciou o primeiro-ministro, António Costa, na rede social Twitter. 

Na mensagem, o líder do Governo explica que são "estudantes, jovens mulheres e homens, com os seus familiares diretos, incluindo irmãos (crianças), que terão oportunidade de viver e retomar os seus estudos em Portugal".

"Além do acolhimento, que muito nos honra, garantiremos a estas pessoas cuidados de saúde, educação e integração social", assinalou António Costa, acrescentando que agora "estes jovens poderão, assim, cumprir o seu sonho uma carreira musical e artística em liberdade, em paz e em segurança".

Até à data, Portugal já recebeu 764 cidadãos através da ajuda humanitária no Afeganistão, segundo indica um comunicado divulgado hoje dos gabinetes do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, da Ministra de Estado e da Presidência, do Ministro da Defesa Nacional e da Ministra da Administração Interna

"A chegada deste grupo resulta de uma operação conjunta que envolveu as autoridades nacionais e do Qatar, assim como organizações norte-americanas, tendo os 273 cidadãos sido acolhidos provisoriamente em unidades de acolhimento da Grande Lisboa, devendo ser transferidos, posteriormente, para habitações autónomas", afirma a nota, que também realça o esforço do Governo português, "desde o início desta crise humanitária", em "acolher cidadãos afegãos em situações de particular fragilidade e risco, dentro dos limites da capacidade nacional".

"Os cidadãos acolhidos correspondem às prioridades definidas: cidadãos portugueses; afegãos que colaboraram com as nossas Forças Nacionais Destacadas, afegãos que colaboraram com a União Europeia, com a NATO e com as Nações Unidas; e pessoas em situação particularmente vulnerável como, por exemplo, ativistas de direitos humanos, funcionários da administração afegã, jornalistas, músicos, mulheres desportistas, mulheres juristas e mulheres engenheiras", explica ainda.