Haverá crise política ou é só fumaça?


É este o estado em que o país se encontra e que obrigará toda a esquerda, mais uma vez, nem que para isso tenha que vender a mãe, a viabilizar este Orçamento e manter o PS na governação.


Nos últimos dias muito se tem especulado sobre a possibilidade de se verificar uma verdadeira crise política que pelo chumbo do Orçamento de Estado fosse impulso para um cenário de eleições antecipadas.

Será isso possível? Começando pelas conclusões creio que não, infelizmente para mim e para quem pensa como eu.
E creio que não por várias razões, dentro das quais destaco essencialmente a noção clara que todos os partidos têm de que, exceptuando o Chega, todos os demais perderiam com elas.

O Bloco de Esquerda e o PCP sabem que seriam fortemente penalizados pelo seu eleitorado por terem ajudado a derrubar um Governo que até aqui, mais ou menos descaradamente, sempre sustentaram.

O PS, mesmo que fosse o partido mais votado, sabe que não chegaria à maioria absoluta e que com o anteriormente explicado enfraquecimento de BE e PCP não mais poderia contar com eles para governar. 
O PAN voltaria certamente à sua condição inicial de partido de um só deputado e se já hoje nada vele muito menos passaria a valer.

O CDS está praticamente extinto e mesmo  que conseguisse pelo menos eleger o deputado por Lisboa que as melhores sondagens ainda lhe vão garantindo, somando isso a um total desnorte de posicionamento e perda de votos para o Chega e IL, entraria em estado vegetal.

As deputadas não inscritas iam à vidinha delas, bem longe dos lugares dourados e ordenados chorudos que hoje auferem e que não justificam minimamente.

O IL continuaria o seu caminho de partido camaleão em que tanto se quer dar bem com Deus como com o Diabo o que apenas lhe permite manter-se no purgatório dos infelizes.

O PSD tornou-se numa cópia reles e barata do PS e está em profunda crise interna, mais uma, que para lá da inexistência programática ou de símbolo da oposição que apresenta, significaria uma estagnação nas intenções de voto que só lhe permitiriam governar em Bloco Central com o PS, o que seria o fim do PSD, ou com o Chega, possibilidade óbvia mas que tanto insistem em diabolizar.

E o Chega seria por sua vez o único partido que ganharia com novas eleições, reforçando brutalmente a sua dimensão parlamentar, circunstância que hoje já ninguém pode sequer colocar em causa que venha a acontecer, sejam as próximas eleições antecipadas ou realizadas no prazo previsto.

É este o estado em que o país se encontra e que obrigará toda a esquerda, mais uma vez, nem que para isso tenha que vender a mãe, a viabilizar este Orçamento e manter o PS na governação.

É tudo muito redutor, eu sei. Redutor, reles, triste e penalizador do futuro de Portugal e dos portugueses. Mas não tenhamos dúvidas que a matemática da equação, é esta.

Portanto, uma vez mais, vai ser só fumaça. Vai ser só fumaça e a esquerda vai ser serena, restando apenas saber até quando vai o povo permitir que este estado de coisas se mantenha.

Crise não haverá nenhuma e a dita Direita tradicional tem toda ela de se capacitar que sem o Chega não vai a lado nenhum e que nessa medida tem de arrepiar caminho para então cumprir o papel que se lhe exige, ou seja, uma alternativa ao marasmo em que, para já, nos vamos manter.

Presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do Chega
Escreve à sexta-feira


Haverá crise política ou é só fumaça?


É este o estado em que o país se encontra e que obrigará toda a esquerda, mais uma vez, nem que para isso tenha que vender a mãe, a viabilizar este Orçamento e manter o PS na governação.


Nos últimos dias muito se tem especulado sobre a possibilidade de se verificar uma verdadeira crise política que pelo chumbo do Orçamento de Estado fosse impulso para um cenário de eleições antecipadas.

Será isso possível? Começando pelas conclusões creio que não, infelizmente para mim e para quem pensa como eu.
E creio que não por várias razões, dentro das quais destaco essencialmente a noção clara que todos os partidos têm de que, exceptuando o Chega, todos os demais perderiam com elas.

O Bloco de Esquerda e o PCP sabem que seriam fortemente penalizados pelo seu eleitorado por terem ajudado a derrubar um Governo que até aqui, mais ou menos descaradamente, sempre sustentaram.

O PS, mesmo que fosse o partido mais votado, sabe que não chegaria à maioria absoluta e que com o anteriormente explicado enfraquecimento de BE e PCP não mais poderia contar com eles para governar. 
O PAN voltaria certamente à sua condição inicial de partido de um só deputado e se já hoje nada vele muito menos passaria a valer.

O CDS está praticamente extinto e mesmo  que conseguisse pelo menos eleger o deputado por Lisboa que as melhores sondagens ainda lhe vão garantindo, somando isso a um total desnorte de posicionamento e perda de votos para o Chega e IL, entraria em estado vegetal.

As deputadas não inscritas iam à vidinha delas, bem longe dos lugares dourados e ordenados chorudos que hoje auferem e que não justificam minimamente.

O IL continuaria o seu caminho de partido camaleão em que tanto se quer dar bem com Deus como com o Diabo o que apenas lhe permite manter-se no purgatório dos infelizes.

O PSD tornou-se numa cópia reles e barata do PS e está em profunda crise interna, mais uma, que para lá da inexistência programática ou de símbolo da oposição que apresenta, significaria uma estagnação nas intenções de voto que só lhe permitiriam governar em Bloco Central com o PS, o que seria o fim do PSD, ou com o Chega, possibilidade óbvia mas que tanto insistem em diabolizar.

E o Chega seria por sua vez o único partido que ganharia com novas eleições, reforçando brutalmente a sua dimensão parlamentar, circunstância que hoje já ninguém pode sequer colocar em causa que venha a acontecer, sejam as próximas eleições antecipadas ou realizadas no prazo previsto.

É este o estado em que o país se encontra e que obrigará toda a esquerda, mais uma vez, nem que para isso tenha que vender a mãe, a viabilizar este Orçamento e manter o PS na governação.

É tudo muito redutor, eu sei. Redutor, reles, triste e penalizador do futuro de Portugal e dos portugueses. Mas não tenhamos dúvidas que a matemática da equação, é esta.

Portanto, uma vez mais, vai ser só fumaça. Vai ser só fumaça e a esquerda vai ser serena, restando apenas saber até quando vai o povo permitir que este estado de coisas se mantenha.

Crise não haverá nenhuma e a dita Direita tradicional tem toda ela de se capacitar que sem o Chega não vai a lado nenhum e que nessa medida tem de arrepiar caminho para então cumprir o papel que se lhe exige, ou seja, uma alternativa ao marasmo em que, para já, nos vamos manter.

Presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do Chega
Escreve à sexta-feira