Exército dos Camarões diz que matou chefe de grupo armado separatista

Exército dos Camarões diz que matou chefe de grupo armado separatista


Esta operação saldou-se por um “violento confronto”, durante o qual cinco separatistas foram mortos e outros ficaram feridos.


O exército camaronês afirmou que eliminou cinco separatistas, incluindo o chefe do grupo que matou sete estudantes numa escola no sudoeste do país em 24 de outubro de 2020, segundo um comunicado transmitido na quarta-feira à AFP.

 

Um daqueles separatistas, com a alcunha 'Above the law"' ('Acima da Lei'), era "o chefe da horda bárbara" responsável pelo ataque a uma escola em Kumba, segundo aquele texto, assinado pelo coronel Cyrille Serge Atonfack Guemo, porta-voz do exército.

Em 24 de outubro, uma dezena de homens armados, em motos, irromperam no espaço de um complexo escolar em Kumba e dispararam sobre os estudantes.

A operação do exército, realizada na noite de domingo para segunda-feira, em Balangui, no sudoeste do país, onde existe uma insurreição separatista anglófona, tinha por objetivo "colocar fora de estado de perturbar terroristas armados reunidos para preparar ataques à localidade de Kumba e aos seus arredores", também conforme o texto dos militares.

Esta operação saldou-se por um "violento confronto", durante o qual cinco separatistas foram mortos e outros ficaram feridos.

Foram ainda apreendidas armas e munições, ainda de acordo com o comunicado.

As escolas são atacadas com frequência, pelos rebeldes anglófonos que as assimilam ao poder central. Em novembro de 2020, a UNICEF revelou que existiam 855 mil crianças não escolarizadas nas regiões anglófonas. Cerca de 90% das escolas primárias públicas, o que significa mais de 4.100 escolas e 77% das escolas secundárias públicas, estavam então fechadas ou não operacionais.