Os deuses devem estar loucos


Em Portugal, os “bosquímanos-chefes” que nos “governam” não param de agir como se, efetivamente, os deuses estivessem loucos, e eles perfeitamente sãos.


Com este título foi estreado, em 1980, um filme (notável) que contava a história de um bosquímano do deserto do Calaári que pertencia a uma aldeia que desconhecia completamente que, fora do seu perímetro, havia aquilo a que vamos chamando civilização.

Descobriu-o quando um pequeno aeroplano sobrevoou aquela terra ignota e algum “civilizado”, de lá de dentro, atirou uma garrafa vazia de Coca-Cola que quase o atingiu.
Esta ausência de conhecimento do que de bom e de mau já existia no mundo era, afinal, fruto do involuntário e absoluto isolamento desses bosquímanos. Mas nem por isso os chefes e os “líderes de opinião” da aldeia perceberam que alguma coisa se passava “lá fora”. 

Eles ficaram convictos que eram os deuses que deviam estar loucos…
Em Portugal, os “bosquímanos-chefes” que nos “governam” agem como se, efetivamente, os deuses estivessem loucos, e eles perfeitamente sãos:

1 – Chegam auxílios de militares alemães (especializados em saúde e medicina) e tudo se conhece porque alguém “deitou pela janela fora uma garrafa vazia” e fomos sabendo dessa vinda pela comunicação social estrangeira. (Uma ajudante do chefe bosquímano nem agradeceu a ajuda nem a confirmou “porque não se deve anunciar nada antes de estar confirmado”. Duas horas depois, em “nota oficiosa”, confirmou tudo o que já estava confirmado; 

2 – Quando, na segunda quinzena de agosto de 2017 – no fogo de Pedrógão Grande –, ao pedido de ajuda do Governo português (também “escondido”) ao Governo espanhol, alguém “descobriu” (outra garrafa atirada de um aeroplano) que as unidades especializadas no combate a fogos eram compostas por militares espanhóis, surgiu um “alarme mediático” de honra e soberania perdidas, da comissão parlamentar de Defesa Nacional, da Assembleia da República, e até o inefável ministro da Defesa da época (“queimado” mais tarde pelo caso de Tancos) declarou que “não sabia de nada”!!! Vamos ver se, desta vez, os senhores deputados da AR também vão achar que esta vinda dos militares alemães é ilegal, perigosa ou ofensiva…

3 – Fez-se um plano de vacinação para o SARS-CoV-2 e alguém (seguramente um bosquímano que desconhece o que se passa fora da sua tenda de nómada) se esqueceu de definir as regras ou protocolos que deveriam aplicar-se no caso de algum dos convocados para tomar a vacina faltar à chamada;

4 – Resolvido o destino desses excedentes (uns com senso, outros manifestamente sem ele), aparecem agora os arautos dos bosquímanos a anunciar que quem recebeu vacinas fora dos critérios (mal e escassamente definidos) pode ser condenado a oito (!) anos de prisão;

5 – Defendida a “punição” dessas pessoas, todos parecem esquecer os bosquímanos-chefes que escolheram um bosquímano sem qualquer experiência ou conhecimento de como preparar e levar a cabo um gigantesco plano logístico;

6 – A descoberta do mundo que existe fora das habitações de todos estes bosquímanos leva-os a reagir sempre depois dos acontecimentos, mandando, por exemplo, fazer triagens à porta dos hospitais (para mandar algumas ambulâncias de volta…) depois de o número e o espetáculo das esperas ultrapassar o inimaginável! O tempo e o número de ambulâncias em espera ficou assim “milagrosamente” reduzido…;

7 – Claro que, estando a aldeia longe de tudo e de todos, estes chefes bosquímanos não sabem – e não explicam, por isso – a razão por que a aldeia está hoje a sofrer mais infeções e mais mortes por covid-19 que todo o “mundo lá fora”; 

E, no fim desta triste história, o vice-presidente do grupo do chefe dos bosquímanos, com a aldeia já a ser invadida e observada por milhões de olhos do resto do mundo, veio anunciar que só com os “excelentes planeamento e previsão” do chefe da aldeia (e ajudantes, claro) na luta contra o SARS-CoV-2 foi possível evitar (!) a rutura do SNS… 
Os deuses devem estar mesmo loucos…

Os deuses devem estar loucos


Em Portugal, os “bosquímanos-chefes” que nos “governam” não param de agir como se, efetivamente, os deuses estivessem loucos, e eles perfeitamente sãos.


Com este título foi estreado, em 1980, um filme (notável) que contava a história de um bosquímano do deserto do Calaári que pertencia a uma aldeia que desconhecia completamente que, fora do seu perímetro, havia aquilo a que vamos chamando civilização.

Descobriu-o quando um pequeno aeroplano sobrevoou aquela terra ignota e algum “civilizado”, de lá de dentro, atirou uma garrafa vazia de Coca-Cola que quase o atingiu.
Esta ausência de conhecimento do que de bom e de mau já existia no mundo era, afinal, fruto do involuntário e absoluto isolamento desses bosquímanos. Mas nem por isso os chefes e os “líderes de opinião” da aldeia perceberam que alguma coisa se passava “lá fora”. 

Eles ficaram convictos que eram os deuses que deviam estar loucos…
Em Portugal, os “bosquímanos-chefes” que nos “governam” agem como se, efetivamente, os deuses estivessem loucos, e eles perfeitamente sãos:

1 – Chegam auxílios de militares alemães (especializados em saúde e medicina) e tudo se conhece porque alguém “deitou pela janela fora uma garrafa vazia” e fomos sabendo dessa vinda pela comunicação social estrangeira. (Uma ajudante do chefe bosquímano nem agradeceu a ajuda nem a confirmou “porque não se deve anunciar nada antes de estar confirmado”. Duas horas depois, em “nota oficiosa”, confirmou tudo o que já estava confirmado; 

2 – Quando, na segunda quinzena de agosto de 2017 – no fogo de Pedrógão Grande –, ao pedido de ajuda do Governo português (também “escondido”) ao Governo espanhol, alguém “descobriu” (outra garrafa atirada de um aeroplano) que as unidades especializadas no combate a fogos eram compostas por militares espanhóis, surgiu um “alarme mediático” de honra e soberania perdidas, da comissão parlamentar de Defesa Nacional, da Assembleia da República, e até o inefável ministro da Defesa da época (“queimado” mais tarde pelo caso de Tancos) declarou que “não sabia de nada”!!! Vamos ver se, desta vez, os senhores deputados da AR também vão achar que esta vinda dos militares alemães é ilegal, perigosa ou ofensiva…

3 – Fez-se um plano de vacinação para o SARS-CoV-2 e alguém (seguramente um bosquímano que desconhece o que se passa fora da sua tenda de nómada) se esqueceu de definir as regras ou protocolos que deveriam aplicar-se no caso de algum dos convocados para tomar a vacina faltar à chamada;

4 – Resolvido o destino desses excedentes (uns com senso, outros manifestamente sem ele), aparecem agora os arautos dos bosquímanos a anunciar que quem recebeu vacinas fora dos critérios (mal e escassamente definidos) pode ser condenado a oito (!) anos de prisão;

5 – Defendida a “punição” dessas pessoas, todos parecem esquecer os bosquímanos-chefes que escolheram um bosquímano sem qualquer experiência ou conhecimento de como preparar e levar a cabo um gigantesco plano logístico;

6 – A descoberta do mundo que existe fora das habitações de todos estes bosquímanos leva-os a reagir sempre depois dos acontecimentos, mandando, por exemplo, fazer triagens à porta dos hospitais (para mandar algumas ambulâncias de volta…) depois de o número e o espetáculo das esperas ultrapassar o inimaginável! O tempo e o número de ambulâncias em espera ficou assim “milagrosamente” reduzido…;

7 – Claro que, estando a aldeia longe de tudo e de todos, estes chefes bosquímanos não sabem – e não explicam, por isso – a razão por que a aldeia está hoje a sofrer mais infeções e mais mortes por covid-19 que todo o “mundo lá fora”; 

E, no fim desta triste história, o vice-presidente do grupo do chefe dos bosquímanos, com a aldeia já a ser invadida e observada por milhões de olhos do resto do mundo, veio anunciar que só com os “excelentes planeamento e previsão” do chefe da aldeia (e ajudantes, claro) na luta contra o SARS-CoV-2 foi possível evitar (!) a rutura do SNS… 
Os deuses devem estar mesmo loucos…