Feirantes descontentes com suspensão de feiras consideram que decisão do Governo será uma “aniquilação da atividade”

Feirantes descontentes com suspensão de feiras consideram que decisão do Governo será uma “aniquilação da atividade”


A partir de quarta-feira, é proibida a realização de feiras e mercados de levante.


O presidente da Federação Nacional das Associações de Feirantes, Joaquim Santos, em declarações à agência Lusa, acusou o Governo de “deixar para trás milhares de feirantes” e de lhes “tirar o pão” ao proibir a partir de quarta-feira, dia 4 de novembro, a realização de feiras em 121 municípios como medida de contenção para a covid-19.

Segundo o presidente da Associação de Feirantes, a atividade envolve um número muito acima das 200 mil pessoas e, agora com estas atividades suspensas, considera que esta se trata de uma decisão que representará “uma aniquilação da atividade” e terá “consequências gravíssimas, uma verdadeira pandemia social”.

Joaquim Santos aproveitou ainda para lembrar que os feirantes “sempre cumpriram as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)” pelo que foram dos primeiros a interromper o trabalho a propósito do confinamento, a 12 de março, acrescentou. Por isso, olha para esta atitude como sendo “lamentável e discriminatória”.

“Fecham as feiras e mandam os portugueses para recintos fechados até às 22:00”, apontou o presidente, que classifica a decisão como “uma vergonha num país democrático”.

A Associação de Feirantes prometeu ainda “uma grande surpresa em Lisboa na próxima semana”, explicando que os feirantes “vão pedir para trabalhar”. “Só sairemos de Lisboa quando tivermos a certeza que podemos feirar”, afirmou.

Recorde-se que o Conselho de Ministros decidiu no sábado, dia 31 de outubro, que 121 concelhos vão ter de respeitar novas medidas mais apertadas de combate à covid-19, entre elas está a proibição de feiras e mercados de levante. Os restaurantes vão ter de fechar no máximo até às 22h30 e os estabelecimentos comerciais até às 22h00.