Eduardo Cabrita: “A morte de Diogo marca-nos a todos”

Eduardo Cabrita: “A morte de Diogo marca-nos a todos”


Viatura dos bombeiros onde seguia teve um acidente e foi consumida pelas chamas. Cabrita diz que melhor homenagem ao jovem é responder ativamente ao incêndio. Ministro informa que trabalhos rurais estão proibidos até quarta-feira.


O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, fez um ponto de situação, este domingo, sobre a evolução do incêndio em Oleiros, que vitimou um bombeiro.

“A morte de Diogo Dias marca-nos a todos e motiva-nos também para homenageá-lo, respondendo ativamente a esta ocorrência”, disse o ministro referindo-se ao jovem bombeiro de 21 anos que morreu depois de a viatura onde seguia ter capotado, tendo sido então consumida pelas chamas.

O incêndio de Oleiros, que deflagrou ontem, continua hoje a lavrar com intensidade, tendo alastrado aos concelhos vizinhos de Proença-a-Nova e Sertã, é de grande complexidade e pode mobilizar meios até terça ou quarta-feira, segundo o governante.

"Neste momento estão mobilizados todos os recursos necessários e adequados a um incêndio de grande complexidade", adiantou.

“A nossa prioridade é a salvaguarda da vida humana", acrescentou.

Só no sábado o país registou 123 incêndios e que já foram registados mais de dois mil fogos ao longo deste mês de julho. 

Eduardo Cabrita anunciou ainda que todas as atividades dispensáveis em espaços rurais estão proibidas nos próximos dois dias para prevenir os incêndios.

“Temos verificado mais uma vez nos últimos dias que grande parte dos incêndios são evitáveis. Por isso, determinámos que serão proibidos todos os trabalhos em espaço rural, exceto o combate a incêndios florestais e a garantia da alimentação a animais, pelo menos até às 24 horas da próxima terça-feira” comunicou o governante.

Cabrita revelou que “o que vai ser declarado é a situação de alerta pelo Governo” e que a situação está a ser avaliada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

As declarações do ministro foram feitas numa altura em que 54 concelhos do interior Norte, do Centro, Alentejo e Algarve estão em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).