Centros comerciais de Lisboa querem operar sem restrições

Centros comerciais de Lisboa querem operar sem restrições


Governo deverá avaliar esta quinta-feira a abertura dos centros comerciais na Área Metropolitana de Lisboa.


A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) pediu ao Governo que permita que os lojistas dos centros comerciais situados na Área Metropolitana de Lisboa retomem a sua atividade. A associação defende que “os centros comerciais têm mostrado, como poucos outros espaços, capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores”, alertanto ainda para o impacto “dramático” de um possível prolongamento de limitações.

Recorde-se que o Governo decidiu adiar a abertura de centros comerciais na AML e deverá avaliar hoje a sua abertura. “É urgente que as limitações sejam levantadas. Os centros Comerciais Associados da APCC investiram para adaptar os seus espaços e formar as suas equipas de modo a continuar a garantir a visitantes, lojistas e colaboradores das lojas todas as condições de segurança sanitária, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direcção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”, defende António Sampaio de Mattos, presidente da APCC.

O responsável garante ainda que “estes espaços minimizam o risco de contágio, não o agravam, permitindo à população aceder a um conjunto significativo de bens e serviços num ambiente com acesso limitado e controlado, e onde as boas práticas dos visitantes são monitorizadas e geridas por equipas profissionais de modo a minimizar os riscos”.

A associação defende que a reabertura dos centros a 1 de junho no resto do país tem mostrado que os espaços estão preparados para funcionar segundo as regras da DGS.

“Os Centros Comerciais estão operar com a limitação de um máximo de 5 visitantes por cada 100 m2 de área destinada ao público, o que dá total garantia de distanciamento social entre os seus visitantes; o tráfego tem sido compatível com as lotações máximas definidas por lei; as regras de distanciamento têm sido cumpridas; a utilização das instalações sanitárias tem sido feita com total respeito pela higienização e desinfecção; o uso de tapetes e escadas rolantes e elevadores tem decorrido sem qualquer problema; o funcionamento dos restaurantes e a utilização dos food-courts tem cumprido escrupulosamente as regras determinadas; a disponibilização de informação e de gel-desinfetante tem incutido uma confiança acrescida nos visitantes” diz ainda o responsável da associação, que defende também a posição do público pelo seu “comportamento cívico exemplar nomeadamente na utilização das máscaras de protecção”.

A APCC defende que restringir a operação dos centros da AML nesta terceira fase de desconfinamento “foi frustrante para a indústria”.

António Sampaio de Mattos não tem dúvidas: “Esta situação é extremamente preocupante e delicada para todos os intervenientes desta cadeia de valor. Os lojistas que permanecerem impedidos de abrir portas ficarão numa situação dramática. Tal como assistimos na abertura da totalidade das actividades nos Centros Comerciais localizados fora da AML, os Centros Comerciais são dos espaços mais bem preparados para garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores no âmbito da sua operação”.