A Organização Sindical da PSP anunciou novas medidas de contenção do novo coronavírus para esta classe policial, divulgando várias alterações de horários e mudanças em relação a quem tiver filhos. Assim, todos os serviços operacionais devem ser colocados a laborar com 50% do efetivo e, nas esquadras, são efetuados turnos de oito horas, em seis dias de serviço e seis dias de folga. No entanto, o Sindicato do Pessoal Técnico da PSP não concorda com aquilo que foi acordado.
“Esta sugestão teve em conta o facto de que nas esquadras, com a junção dos serviços do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP) e notificações, existem no minimo 30 elementos, comportando cinco elementos por turno, um Graduado de Serviço, um Sentinela e três elementos no Carro Patrulha”, pode ler-se em comunicado. O objetivo é “reduzir” o risco de contágio, uma vez que o material utilizado é partilhado entre todos. “O material poderá ser mais facilmente desinfetado ao fim dos seis dias de trabalho de um grupo e logo o grupo que trabalha em conjunto durante um ciclo apenas corre o risco de contágio mutuamente”, é explicado.
Além disso, outra das medidas tomadas é que os polícias não podem colocar os filhos menores de 12 anos em escolas de acolhimento, tanto ao fim de semana como nos feriados e tolerâncias de ponto. “Com este horário facilita o apoio aos seus filhos”, refere o comunicado, sendo sublinhado também que no seio da corporação já existem alguns casos de contágio, nomeadamente em esquadras. “Nesta fase, em que nos é exigido maior interação com a população para controlo do plano implementado, com o estado de Emergência Nacional, o alarme social é manter a saúde de todos”, conclui-se.
Nos serviços administrativos, o modelo é idêntico. Deverão ser colocados a laborar com 50% do efetivo, mas em turnos de 12 horas.
Apesar de terem sido tomadas estas medidas, o Sindicato do Pessoal Técnico da PSP queixase de que estes novos horários prejudicam centenas de pessoas com horário ao fim de semana. “O Sindicato está estupefacto com a alteração de horários de todo o pessoal a nível nacional! De forma unilateral e sem sequer consultar o mesmo, o que é completamente ilegal face ao estipulado pelo Código de Trabalho. O Estado de Emergência não justifica nem diminui os direitos dos trabalhadores neste campo”, adiantou o Sindicato em comunicado.