Com (ou sem) todos,  o bacalhau não tem de ser o que era

Com (ou sem) todos, o bacalhau não tem de ser o que era


Da lista de tradições que mais dificilmente serão abolidas constará por muito tempo a das reuniões familiares, que marca a noite de 24 e o almoço de 25 de dezembro. Natal é Natal, é verdade. Mas haverá sempre quem o passe fora de portas. A julgar pela aposta cada vez maior dos restaurantes que decidem…


100 Maneiras

A quem se sentir convidado, Ljubomir Stanisic oferece uma consoada à boa maneira bósnia:“Um sítio muito frio e com muita neve, como a terra do Pai Natal”. À semelhança do que vem já sendo tradição, o chefe bósnio volta a abrir as portas do seu Bistro 100 Maneiras. Um Conto de Natal é o título que dá a um menu de consoada em versão omnívora ou vegetariana, a terminar com baklava de ginja, “Tudo o que o Vento não Levou / French kiss” (rabanadas com gelado da Madeira) e um “take me out” de “Bolo-Rei away”.

In Diferente

Na Foz do Porto (Rua Dr. Sousa Rosa), os almoços fora de casa vão dar, por exemplo, ao In Diferente – o restaurante em que desde o ano passado a chefe brasileira Angélica Salvador se dedica à comida portuguesa, que percorrerá também a ementa deste dia:do peixe que não tem de ser bacalhau ao leitão ou ao novilho. Aberto a 25 de dezembro entre as 12h30 e as 15h.

Erva

No Erva, restaurante do Hotel Corinthia, em Sete Rios, Lisboa, há de ser a decoração a explicar o nome deste que procura ser mais do que um restaurante de hotel. Conhecido pela aposta na sazonalidade, como cada vez mais se quer nos tempos que correm, o Erva preparou dois menus especiais – para o jantar de consoada e para o almoço do dia 25. Com direito a sobremesas adequadas à época, claro. 

Tico Tico

Tradicionais para os lados de Alvalade, em Lisboa, são os almoços de família a 25 de dezembro no Tico Tico (Av. Rio de Janeiro, 19). É conhecido pela carta que percorre a gastronomia tradicional portuguesa.

Boa-Bao

Quando a ideia é sacudir o cheiro a bacalhau cozido da memória de Natais passados, nada melhor do que um asiático – dos bons. Tailandês, vietnamita, taiwanês e malaio. A vantagem? Tanto é opção no Porto (Rua da Picaria, 61-65) como em Lisboa (Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 30). Desvantagem, só mesmo o Boa-Bao não aceitar, como avisa no site, notas de 500 euros. 

Gambrinus

Mesmo que não seja opção para noite de consoada, as portas do Gambrinus continuam, como de costume, abertas durante todo o dia de Natal. A partir das 12h, para almoços, e a prolongar-se até à hora de jantar, com uma ementa do habitual marisco ao melhor da comida portuguesa. 

Pabe

Porque clássicos como este serão para sempre o que eram, e porque a época apela à tradição, pela Duque de Palmela, em Lisboa, o Pabe faz questão de garantir que assim seja. Dia 24 pode até ser dia de folga mas, a 25, a porta (e a cozinha) abre às 12h30. Para almoços e jantares natalícios, que Natal 
é Natal, mas o dia só termina à meia-noite.

Hua Ta Li

A dar que falar anda já há tempos o karaoke chinês das salas privadas do Hua Ta Li. De resto, é pensar na vista que oferece o terraço de um dos restaurantes chineses mais trendy do Martim Moniz sobre a praça e as colinas da Graça e do Castelo. Garantias de que o frio se aguente em noite de consoada talvez fossem excesso de otimismo. A boa notícia é que o restaurante do Centro Comercial Martim Moniz fica no piso mesmo abaixo do topo.