Medina anuncia 200 vagas para sem-abrigo

Medina anuncia 200 vagas para sem-abrigo


Criação de uma bolsa de emprego é uma das medidas do plano para apoiar os sem--abrigo até 2023.


A Câmara Municipal de Lisboa vai criar uma bolsa de emprego apoiado, em parceria com o Instituto de Segurança Social, que contempla a atribuição de 200 vagas para pessoas sem-abrigo. Esta é uma das medidas do Plano Municipal de Lisboa para Pessoas em Situação de Sem Abrigo (2019/2023). 

O plano, anunciado esta terça-feira numa cerimónia em que participou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, prevê a abertura de vagas na câmara municipal e nas empresas municipais, em áreas como os espaços verdes, jardinagem, urbanismo e transportes.

“Nós temos muitos casos de pessoas sem-abrigo que terão muita dificuldade em ocupar um posto de trabalho normal. E pensamos que antes de pedir a uma empresa, onde é mais difícil a inserção num posto de trabalho normal, de cumprir um horário e desempenhar esse trabalho com competência, se deve começar por inserir num ambiente mais protegido”, disse o presidente da autarquia, Fernando Medina. 

A autarquia pretende investir cerca de 15 milhões de euros para concretizar este plano. O presidente da Câmara de Lisboa realçou que “cada pessoa que está numa situação de sem-abrigo é um caso concreto. Não há dois casos iguais, não há duas histórias iguais e dois percursos de vida iguais. E, por isso, o futuro deve ser construído com cada um, criando uma relação de confiança com cada um”.

Fernando Medina garantiu ainda que vai reforçar a aposta no programa Housing First em que é atribuído a um sem-abrigo uma habitação antes de iniciar todo o processo de acompanhamento e apoio na sua integração social. Às 80 vagas já existentes, o município pretende somar 320 até 2023.

O apoio aos sem-abrigo tem sido uma das prioridades do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa ao defender que sejam encontradas soluções para todas as pessoas que se encontram nesta situação nos próximos três anos. “Aos poucos isso tem entrado na sociedade portuguesa, aos poucos os responsáveis percebem que é uma realidade que não se pode esconder, atirar para debaixo do tapete. São pessoas de carne e osso, são tão portugueses como os outros portugueses, só que não têm teto e, portanto, todos os dias é preciso chamar a atenção”, disse o Presidente da República, este domingo, no almoço de Natal do Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (C.A.S.A.).