Cigarros eletrónicos. Entidades portuguesas alertam para risco de doenças pulmonares

Cigarros eletrónicos. Entidades portuguesas alertam para risco de doenças pulmonares


Num comunicado conjunto, as entidades citam casos graves que se têm vindo a passar nos Estados Unidos, onde vários estados já proibiram os cigarros eletrónicos, e, no caso do caso do estado de Massachusetts, a venda de cigarros aromatizados.


A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SIDAC) alertaram, esta quinta-feira, para o facto de a doença pulmonar crónica estar associada à utilização de cigarros eletrónicos ou “vaping”.

Num comunicado conjunto, as entidades citam casos graves que se têm vindo a passar nos Estados Unidos, onde vários estados já proibiram os cigarros eletrónicos, e, no caso do caso do estado de Massachusetts, a venda de cigarros aromatizados.

No documento, a DGS e a SIDAC recomendam que cigarros eletrónicos, com ou sem nicotina, não devem ser usados, particularmente por jovens, jovens adultos ou grávidas. As entidades alertam ainda para o facto de os fumadores não deverem voltar a usar o tabaco tradicional, caso fumem cigarros eletrónicos.

"Esta situação tem vindo a ser discutida a nível da Comissão Europeia, em termos de avaliação e gestão de risco e eventuais medidas a adotar", pode ler-se no documento.

Nos Estados Unidos, já foram identificados, pelo menos, 2290 casos de doença pulmonar grave, incluindo 47 mortes. Casos semelhantes estão a começar a ser identificados no Canadá, Filipinas, Bélgica e Suécia.

“Embora a investigação destes casos não esteja concluída”, explica o documento, “o acetato de vitamina E, o canabidiol e outros derivados de canábis, e o diacetil parecem ser susbtâncias associadas a estas lesões pulmonares”, substâncias estas que se encontram nos líquidos utilizados em cigarros eletrónicos.

É também aconselhado aos utilizadores que não comprem líquidos para os cigarros eletrónicos fora dos circuitos legais e que não adicionem substâncias aos líquidos existentes no mercado.

Os sintomas podem desenvolver-se nos dias seguintes às utilizações ou mesmo semanas depois, devendo os consumidores “estar atentos e procurar um médico imediatamente se desenvolverem os seguintes sintomas: tosse, falta de ar, dor no peito, febre, calafrios, náuseas, vómitos, dor abdominal ou diarreia".