O Chega apresentou um projeto de resolução, na Assembleia da República, a “recomendar ao Governo que proceda à instauração de uma celebração solene do 25 de novembro”. O objetivo do partido liderado por André Ventura é que seja dada a esta data a mesma dignidade do 25 de Abril.
O diploma entregue no parlamento defende que é necessário fazer “justiça à História de Portugal, aos portugueses, à democracia e ao Estado de Direito democrático”. A proposta pretende ainda que a Assembleia da República preste “uma homenagem ao Regimento de Comandos da Amadora bem como a todos aqueles que a 25 de novembro de 1975, direta ou indiretamente, contribuíram para que hoje possamos festejar o dia em que a liberdade, de facto, e após muitas dezenas de anos, nos foi finalmente devolvida”.
O projeto de resolução, da autoria do deputado André Ventura, refere-se aos acontecimentos entre o 25 de Abril de 1974 e o 25 de novembro de 1975 e garante que Portugal esteve em risco de ficar “sob a tutela de um regime totalitário à imagem da então existente e hoje já defunta União Soviética”.
Para Ventura, a liberdade só foi “devolvida” aos portugueses no dia 25 de Novembro de 1975 e isso deve-se “à intervenção pronta e eficaz do Regimento de Comandos da Amadora, então sob o Comando do Coronel Jaime Neves, pelo que à sua ação decisiva devemos todos nós a liberdade e o regime democrático de que hoje podemos usufruir”. Ou seja, “sem a sua coragem e determinação seríamos hoje, seguramente, uma Cuba, uma Coreia do Norte ou uma Venezuela”, conclui a proposta do Chega.