Guerra ao rubro no universo empresarial do império Rodrigues e Névoa

Guerra ao rubro no universo empresarial do império Rodrigues e Névoa


Manuel Rodrigues, sócio de Domingos Névoa, despeja sede da Bragaparques.


Manuel Rodrigues, o presidente do conselho de administração da Bragaparques, da qual é sócio em metade com Domingos Névoa, avançou recentemente para o despejo judicial da Bragaparques da sua sede e escritórios principais, situados no centro da cidade de Braga, com a guerra ao rubro no universo empresarial do império da antiga Rodrigues & Névoa, estando em causa a eventual paralisação da Bragaparques, com centenas de trabalhadores.

As instalações são ocupadas desde 2006 por via da empresa Onirodrigues, unicamente detida por Manuel Rodrigues. Aliás, esta empresa é a senhoria do espaço que a Bragaparques mantém arrendado há mais de 13 anos, no edifício da Loja do Cidadão de Braga.

A Onirodrigues, outrora denominada Rodrigues & Névoa quando esta também era detida por Domingos Névoa, é exclusivamente de Manuel Rodrigues, mas sendo este também o presidente da Bragaparques, de que é sócio a meias com Domingos Névoa, despejará assim uma empresa à qual o próprio Manuel Rodrigues preside, e precisamente a Bragaparques.

Depois de a sócia Fernanda Sá Serino, mulher de Manuel Rodrigues, ter já demandado a mesma Bragaparques em tribunal, pedindo a destituição de Domingos Névoa enquanto vogal da empresa, é agora o seu marido, presidente da administração da Bragaparques, que, através da sua empresa Onirodrigues (detida unicamente pela sua família, a mulher, Fernanda Sá Serino, e o filho de ambos, João Rodrigues), está agora a atacá-la, ameaçando com despejo da sua sede e dos seus escritórios, segundo soube o i junto de fontes judiciais.

De acordo com as mesmas fontes, “este é um ‘divórcio’ em que um sócio, para alcançar os seus objetivos, avança com o despejo da sociedade de que também é sócio, sem qualquer interesse económico ou vantagem para além de agravar o conflito, depois de a sua mulher, Fernanda Sá Serino, ter avançado no Tribunal do Comércio contra Domingos Névoa e a Bragaparques, com centenas de trabalhadores e gestão de parques de estacionamento em várias cidades, mas que poderá inclusivamente levar à paralisação da própria sociedade”.

Curiosamente, nem da parte de Domingos Névoa nem de Manuel Rodrigues tem havido qualquer abertura para comentarem o cisma num dos universos empresariais portugueses mais sólidos. Durante este fim de semana, nenhum respondeu às questões do i.

Fernanda Sá Serino sente-se envergonhada com toda esta situação de rotura, pois escondeu sempre a cara dos jornalistas quando se deslocou ao Palácio da Justiça de Famalicão, onde, enquanto sócia da Bragaparques, solicitou a destituição do sócio Domingos Névoa, no Tribunal do Comércio da Comarca de Braga, não tendo ainda aprovado na íntegra o relatório e contas da empresa, apesar de presidida pelo seu marido.