“Os resultados de 2018 foram muito bons”, afirmou o novo CEO do Santander Totta, Pedro Castro e Almeida. Em 2018, os lucros aumentaram 14,7% relativamente a 2017, e registaram um valor total de 500 milhões de euros.
Os números já tinham sido apresentados pelo grupo espanhol Santander, mas esta segunda-feira o novo presidente do banco deu a primeira conferência enquanto presidente executivo e mostrou ao detalhe os resultados portugueses.
Segundo Pedro Castro e Almeida, o Santander Totta é o “maior banco privado em termos de crédito e de rentabilidade” e o “banco mais sólido do sistema”, uma vez que nunca recorreu a ajudas públicas.
As causas dos bons resultados passam pela subida da margem financeira – juros recebidos através dos empréstimos menos os pagos nos depósitos – em 24% para os 866,3 milhões de euros e pelo contributo de mais de 56 milhões de euros na rubrica de imparidade e provisões, explicada pelo CEO como resultado da venda dos imóveis que pertenciam ao Popular Portugal no valor de 600 milhões de euros.
“Um em cada cinco financiamentos é dado pelo Santander”, explicou Pedro Castro e Almeida, referindo-se ao crédito à habitação e a empresas.
No que diz respeito ao crédito, este desceu 2,4% face a 2017, devido à venda de carteiras de crédito malparado, o valor que o titular de um crédito não consegue reembolsar ao banco.
Os recursos com clientes subiram para os 39,4 mil milhões de euros, enquanto os depósitos bancários aumentaram 6,3%.
Mais custos com pessoal
Como consequência da integração do Popular, o Santander fechou 2018 com aumentos de 15% no que diz respeito aos custos com pessoal e com 523 balcões e 6492 trabalhadores. Foram encerrados cem balcões e cerca de duzentos trabalhadores saíram por mutuo acordo e reformas antecipadas.
Além das fusões que admite poderem vir a acontecer, o CEO disse ainda estar programada a abertura de três agências – work café – com espaços com zona para reuniões e cafetaria. O primeiro abriu no final de 2018, em Lisboa. As próximas cidades serão Coimbra, Espinho e Porto.
Na mesma conferência foi apresentada a nova administração executiva, “uma equipa com backgrounds diferentes e que se complementa muito bem”, afirmou Pedro Costa e Almeida. Isabel Guerreiro, Miguel Belo de Carvalho, Manuel Preto, Inês Oom de Sousa e Amílcar Lourenço, são os novos nomes.