Depois de 96 anos, foi hoje o último dia da Pastelaria Suíça

Depois de 96 anos, foi hoje o último dia da Pastelaria Suíça


Recorde-se que, depois de 96 anos de serviço, a Pastelaria Suíça, no Rossio, encerrou devido à venda do quarteirão onde se localiza e depois dos seus donos terem acordado sair do espaço


A Pastelaria Suíça, em Lisboa, encerra esta sexta-feira permanentemente, depois do edifício onde se localiza, desde 1922, ter sido adquirido por fundos estrangeiros.

Numa pesquisa rápida na internet por Pastelaria Suíça, a informação dada é a de que o espaço está “encerrado permanentemente”.

Recorde-se que, depois de 96 anos de serviço, a Pastelaria Suíça, no Rossio, encerrou devido à venda do quarteirão onde se localiza e depois dos seus donos terem acordado sair do espaço.

Na altura, a pastelaria ainda se candidatou ao programa municipal “Lojas com História", mas acabou por desistir, como foi revelado numa carta enviada pelo proprietário Fausto Roxo à Câmara Municipal de Lisboa, citada pela Lusa.

“Sucede que, desde o momento da aludida candidatura até à presente data, ocorreram várias vicissitudes que tiveram, e têm tido, um impacto negativo na exploração comercial da Pastelaria Suíça, impossibilitando a sua viabilidade, subsistência e continuidade no futuro", lia-se na carta.

Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de jantar na Pastelaria Suíça antes de esta fechar portas. “Durante décadas, almocei aqui e jantei aqui, desde miúdo, com a minha família”, contou. “Nesta mesma mesa morreu o meu pai, neste mesmo lugar onde estou a comer, há 16 anos”, contou o Presidente da República à TVI. “O progresso, a mudança tem custos – custos urbanísticos e custos humanos. Virá para cá uma cadeia internacional, poderosíssima – é a vida", acrescentou.

Restaurante Ano Novo

De acordo com a Lusa, foi também o último dia do restuarante Ano Novo, na rua de Correeiros, conhecido pela comida tradicional portuguesa.

Neste caso, o novo senhorio, de nacionalidade holandesa, recusou-se a renovar o contrato de arrendamento.

"O senhorio vendeu o prédio a um indivíduo holandês e ele mandou uma carta a dizer que não renovava o contrato e já não era possível continuar aqui. Fomos despejados, embora sempre pagássemos a renda e cumpríssemos com as nossas obrigações", disse à Lusa Luís Lopes, sócio-gerente, que trabalhava no restaurante há 28 anos.

O pai de Luís Lopes havia adquirido o restaurante em 1960.