Pastelaria Suíça. “Estimado Rafael Nadal, não mate as nossas memórias”

Pastelaria Suíça. “Estimado Rafael Nadal, não mate as nossas memórias”


Cidadãos escrevem carta a Nadal e apelam ao respeito do património


Após o anúncio do fecho da emblemática Pastelaria Suiça no Rossio, um grupo de cidadãos decidiu escrever uma carta ao tenista Rafael Nadal, que tem uma participação na empresa Mabel Capital que comprou, em março, o quarteirão onde se encontra o estabelecimento, a apelar ao respeito pelo património histórico e arquitetónico das lojas mais antigas desta zona. A carta é da autoria do Fórum da Cidadania Lx e foi divulgada no seu site.

Na carta ao tenista, os cidadãos pedem que este salve a pastelaria, explicando que o Rossio “precisa realmente de uma boa mudança”, mas que esta tem de ser feita “com gosto apurado, com sensibilidade à cultura local, perspicácia em manter nosso património histórico e arquitetónico, não adulterando ou descaracterizando nada por respeito à história do lugar.”

Por isto, pedem a Nadal que “recupere os edifícios, preserve as mansardas do tempo do Marquês de Pombal e devolva a patina a este conjunto monumental”.

Os cidadãos relembram que nesta zona existem vários estabelecimentos históricos, os quais “a cidade não pode perder” devido à “profunda relação de afetividade”, que as pessoas têm com estes locais.

Relativamente à pastelaria, é relembrado na carta a importância histórica do local, que terá sido um ponto de encontro para intelectuais judeus que fugiam da Segunda Guerra Mundial.

A carta está escrita em espanhol e, no final, pode-se ler “estimado Rafael Nadal, não mate as nossas memórias.”

O fecho da pastelaria está previsto para agosto deste ano.

Leia aqui a carta na íntegra