A Câmara Municipal de Oeiras foi alvo de buscas durante o dia de hoje. Em causa estão suspeitas dos “crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e activa, participação económica em negócio e abuso de poder”, numa investigação ao projeto Porto Cruz, um empreendimento próximo do rio Jamor.
A informação foi confirmada pelo Ministério Público, ataravés de nota publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa. “Nestas operações foram apreendidos documentos de índole contabilística e outras e mensagens de correio electrónico necessários à produção de prova”, lê-se na nota.
Neste inquérito, ser dirigido pelo Ministério Publico da 3.ª secção do DIAP de Sintra da Comarca de Lisboa Oeste, não foram ainda constituídos arguidos.
A Câmara de Oeiras já reagiu, adiantando que a aprovação do projeto data de 15 de abril de 2014.
“Este projeto teve a sua primeira deliberação camarária no dia 11 de maio de 2004, momento em que se aprovaram os termos de referência do projeto. Em ambas as datas o atual presidente da Câmara não exercia funções no Município de Oeiras”, salienta fonte oficial da autarquia.
É ainda referido que “a única deliberação camarária neste âmbito, decidida em período no qual o atual presidente exercia funções no Município, data de 13 de janeiro de 2010, relativa à ‘proposta remetida pela Silcoge de celebração de contrato de execução do Plano de Pormenor do empreendimento denominado Porto Cruz – Margem Direita da Foz do Rio Jamor’”.