O que não falta são Trumps e Costas


Donald Trump quer aumentar as taxas alfandegárias sobre o aço e o alumínio. A ideia é proteger os empregos dos norte-americanos mas, como todas as medidas protecionistas, não deixa de ser contraproducente. Na verdade, são as indústrias norte-americanas, que Trump diz à boca cheia querer defender, as mais prejudicadas. Estas e os consumidores, que pagarão…


Donald Trump quer aumentar as taxas alfandegárias sobre o aço e o alumínio. A ideia é proteger os empregos dos norte-americanos mas, como todas as medidas protecionistas, não deixa de ser contraproducente. Na verdade, são as indústrias norte-americanas, que Trump diz à boca cheia querer defender, as mais prejudicadas.

Estas e os consumidores, que pagarão mais caro os produtos relacionados com o aço e o alumínio. Mas isso não interessa muito. 

O que é importante é agir. Por exemplo: baixar os impostos apesar do défice público e apesar da dívida pública, que desvirtua o funcionamento da economia, o valor da moeda e que pode originar inflação. Inflação que a FED pretende evitar, subindo as taxas de juro.

Assim, as pessoas podem ter mais dinheiro para gastar – porque os impostos baixaram –, mas esse dinheiro custa mais para que se gaste menos. A política monetária, tal como a fiscal, é esta batota, mas o que interessa é fazer nem que seja qualquer coisa. Mas dizer mal de Trump é fácil e nesta crónica não quero apenas isso. Na verdade, o problema com o presidente dos EUA é que existem por aí imensos Trumps.

Em todos os países, em todas as esquinas, sentados à mesa de qualquer restaurante, num qualquer debate televisivo, a debitar pensamentos nas redes sociais. Acreditam nas taxas alfandegárias para proteger empregos, na redução de impostos sem correspondente redução da despesa pública ou que o crescimento económico – o aumento do PIB – resolve a dívida pública.

Uma lista cheia de disparates (não encontrei expressão melhor) que os políticos aproveitam para governarem sem grandes preocupações. A economia cresce, o desemprego reduz-se, cozinham-se magias orçamentais, acreditam-se em milagres ao mesmo tempo que o problema se avoluma.

Outro político qualquer lidará com isso e assacará as culpas. A lógica é esta com Trump ou com Costa, num mundo cheio de Trumps e Costas: noutras administrações e legislaturas, alguém paga as favas. Nessa altura, deles se recordará o bom desempenho da economia, não o monstro que alimentaram para ficarem bem na fotografia que motivará outros Trumps e Costas por essa eternidade fora. 

Advogado, Escreve à quinta-feira 


O que não falta são Trumps e Costas


Donald Trump quer aumentar as taxas alfandegárias sobre o aço e o alumínio. A ideia é proteger os empregos dos norte-americanos mas, como todas as medidas protecionistas, não deixa de ser contraproducente. Na verdade, são as indústrias norte-americanas, que Trump diz à boca cheia querer defender, as mais prejudicadas. Estas e os consumidores, que pagarão…


Donald Trump quer aumentar as taxas alfandegárias sobre o aço e o alumínio. A ideia é proteger os empregos dos norte-americanos mas, como todas as medidas protecionistas, não deixa de ser contraproducente. Na verdade, são as indústrias norte-americanas, que Trump diz à boca cheia querer defender, as mais prejudicadas.

Estas e os consumidores, que pagarão mais caro os produtos relacionados com o aço e o alumínio. Mas isso não interessa muito. 

O que é importante é agir. Por exemplo: baixar os impostos apesar do défice público e apesar da dívida pública, que desvirtua o funcionamento da economia, o valor da moeda e que pode originar inflação. Inflação que a FED pretende evitar, subindo as taxas de juro.

Assim, as pessoas podem ter mais dinheiro para gastar – porque os impostos baixaram –, mas esse dinheiro custa mais para que se gaste menos. A política monetária, tal como a fiscal, é esta batota, mas o que interessa é fazer nem que seja qualquer coisa. Mas dizer mal de Trump é fácil e nesta crónica não quero apenas isso. Na verdade, o problema com o presidente dos EUA é que existem por aí imensos Trumps.

Em todos os países, em todas as esquinas, sentados à mesa de qualquer restaurante, num qualquer debate televisivo, a debitar pensamentos nas redes sociais. Acreditam nas taxas alfandegárias para proteger empregos, na redução de impostos sem correspondente redução da despesa pública ou que o crescimento económico – o aumento do PIB – resolve a dívida pública.

Uma lista cheia de disparates (não encontrei expressão melhor) que os políticos aproveitam para governarem sem grandes preocupações. A economia cresce, o desemprego reduz-se, cozinham-se magias orçamentais, acreditam-se em milagres ao mesmo tempo que o problema se avoluma.

Outro político qualquer lidará com isso e assacará as culpas. A lógica é esta com Trump ou com Costa, num mundo cheio de Trumps e Costas: noutras administrações e legislaturas, alguém paga as favas. Nessa altura, deles se recordará o bom desempenho da economia, não o monstro que alimentaram para ficarem bem na fotografia que motivará outros Trumps e Costas por essa eternidade fora. 

Advogado, Escreve à quinta-feira