Nicolau Santos vai sair da direção do semanário Expresso, passando a ser apenas cronista do mesmo jornal, apurou o i, junto de fontes do setor. Também Henrique Monteiro vai sair dos quadros da empresa.
A informação foi entretanto confirmada por Francisco Balsemão em comunicado. "Nicolau Santos, diretor-adjunto do Expresso, irá deixar o jornal no final do ano. A decisão foi tomada pelo próprio e comunicada ontem à administração", revelou.
O jornalista ocupava o cargo de diretor-adjunto, mas vai manter o cargo de comentador e moderador no programa da SIC Notícias "Expresso da Meia-noite" que até aqui tem desempenhado ao lado de Ricardo Costa.
"O Expresso e a Impresa agradecem todo o empenho e dedicação de Nicolau Santos, que esteve quase 20 anos no Expresso, primeiro na redacção e depois na direção, e manifestam o seu agrado por continuar a contar com a visão e a opinião forte do Nicolau nas marcas de informação do grupo", foi revelado no mesmo comunicado.
Estas mexidas na direção fazem parte do plano de reestruturação que tem sido levado a cabo pelo grupo Imprensa, onde está contemplado a venda das revistas detidas pela Impresa Publishing que detém títulos como a Visão e a Caras.
A venda das revistas a Luís Delgado deverá estar concluída a 2 de Janeiro, implicando a transferência de 110 trabalhadores. No entanto, a Comissão de Trabalhadores diz não haver ainda informação sobre aqueles que serão transferidos.
O grupo revelou ainda que após essa alienação pretende reduzir os seus custos em quatro milhões de euros no próximo ano com o objetivo de "assegurar a rentabilidade da publicação Expresso e marcas adjacentes já a partir de 2018".
Está prevista a saída de 40 pessoas, 10 dos quais jornalistas. Mas foi entretanto aberto um programa de rescisões,
Recorde-se que, nos primeiros nove meses do ano, as receitas totais do segmento ‘publishing’ caíram 3,7% para 34 milhões de euros (subiram 2,5% para 11,7 milhões de euros no terceiro trimestre). As receitas de circulação aumentaram 0,9% até setembro (17,4 milhões de euros) e 1,8% no terceiro trimestre (6,2 milhões de euros), enquanto as de publicidade diminuíram 3,1% nos nove primeiros meses do ano (14,7 milhões de euros) e entre julho e setembro cresceram 10,5% (cinco milhões de euros).
