EUA. Diretor de comunicação da Casa Branca bateu com a porta

EUA. Diretor de comunicação da Casa Branca bateu com a porta


Mike Dubke abandona o cargo por “motivos pessoais,” três meses depois da sua nomeação


O diretor de comunicação da Casa Branca decidiu abdicar do cargo para o qual fora nomeado há cerca de três meses. O abandono foi confirmado hoje ao site Politico, pelo próprio Mike Dubke, que justificou a inesperada decisão com “motivos pessoais”.

O experiente estrategista republicano, de 47 anos, pediu a demissão, ao presidente dos Estados Unidos, no passado dia 18 de maio. Donald Trump aceitou imediatamente o pedido e Dubke apenas se manteve a trabalhar em Washington durante a viagem do chefe de Estado, pelo Médio Oriente e pela Europa, de forma a garantir que a transição se processava de forma tranquila. 

De acordo com um funcionário da Casa Branca que falou com o Politico, será o o assessor de imprensa Sean Spicer a herdar a pasta de Dubke, até a administração republicana encontrar uma solução definitiva.

“Os motivos da minha partida são pessoais, mas foi uma grande honra para mim servir o presidente Trump e a sua administração. Foi também um prazer enorme poder trabalhar, lado a lado e dia após dia, com os funcionários dos departamentos de comunicações e imprensa. Esta Casa Branca está repleta de alguns dos melhores e mais duros trabalhadores e trabalhadoras no governo americano”, escreveu o ex-diretor, num email enviado aos amigos mais próximos, esta terça-feira.

Esta saída acontece numa altura em que se atropelam os casos fugas de informação para a imprensa, vindas de dentro da equipa de Trump. O próprio Dubke revelou-se até surpreendido pelo facto de o seu abandono não ter sido noticiado mais cedo, junto da comunicação social norte-americana.

Contratado em março deste ano para diretor de comunicação e para trabalhar sob a liderança de Spicer, Dubke nunca foi considerado um homem muito próximo de Donald Trump, ao contrário dos escolhidos para as posições-chave da equipa republicana. De acordo com o “Washington Post”, o seu abandono pode estar relacionado com as mudanças que o presidente quer fazer na administração, para conter as fugas.