A maldição de D. Maria (conclusão)


A reocupação da ala norte do Palácio da Ajuda fez com que as atenções dos decisores se voltassem um pouco mais para o processo de conclusão do monumento ou, de um modo mais pragmático, para a questão do seu remate.


Interessa lembrar que em meados dos anos 80 se realizou um concurso de ideias para a ala poente, promovido pela ex-DGEMN, inconsequente nos resultados práticos, e que mais tarde, com Santana Lopes na SEC, se assinou um ambicioso contrato com o arquiteto Gonçalo Byrne, que visava não só concluir o palácio mas também toda a pormenorização futura da envolvente do monumento.

A inconsequência de tal plano arrastar-se-ia anos fora no limbo decisório, à margem do assentimento municipal, e até à sua rescisão em 2010.

Entretanto, em 2008, finalmente conseguido o ressarcimento do Estado português pelo roubo de pequena parte do tesouro real, ocorrido na Holanda em 2002, a questão do remate regressa à agenda política, e é quando o arquiteto João Carlos Santos, quadro do então IGESPAR, começa a estudar e a desenhar diversas soluções para o remate do palácio. E neste contexto será justo recordar o saudoso arquiteto Vasco Massapina, que ofereceu uma interessante proposta à DGPC, de fácil execução, e que assumia o não-acabado pela valorização da ruína existente, até que um dia houvesse dinheiro suficiente para rematar o palácio. Mas em boa hora veio o desfecho que porá fim à maldição, e as joias da coroa irão ter o lugar certo. Estão de parabéns João Soares, Luís Filipe de Castro Mendes, Fernando Medina e Vítor Costa. E agora, mãos à obra, João Carlos Santos.


A maldição de D. Maria (conclusão)


A reocupação da ala norte do Palácio da Ajuda fez com que as atenções dos decisores se voltassem um pouco mais para o processo de conclusão do monumento ou, de um modo mais pragmático, para a questão do seu remate.


Interessa lembrar que em meados dos anos 80 se realizou um concurso de ideias para a ala poente, promovido pela ex-DGEMN, inconsequente nos resultados práticos, e que mais tarde, com Santana Lopes na SEC, se assinou um ambicioso contrato com o arquiteto Gonçalo Byrne, que visava não só concluir o palácio mas também toda a pormenorização futura da envolvente do monumento.

A inconsequência de tal plano arrastar-se-ia anos fora no limbo decisório, à margem do assentimento municipal, e até à sua rescisão em 2010.

Entretanto, em 2008, finalmente conseguido o ressarcimento do Estado português pelo roubo de pequena parte do tesouro real, ocorrido na Holanda em 2002, a questão do remate regressa à agenda política, e é quando o arquiteto João Carlos Santos, quadro do então IGESPAR, começa a estudar e a desenhar diversas soluções para o remate do palácio. E neste contexto será justo recordar o saudoso arquiteto Vasco Massapina, que ofereceu uma interessante proposta à DGPC, de fácil execução, e que assumia o não-acabado pela valorização da ruína existente, até que um dia houvesse dinheiro suficiente para rematar o palácio. Mas em boa hora veio o desfecho que porá fim à maldição, e as joias da coroa irão ter o lugar certo. Estão de parabéns João Soares, Luís Filipe de Castro Mendes, Fernando Medina e Vítor Costa. E agora, mãos à obra, João Carlos Santos.