Antevendo


Enquanto previsão, arriscaria até um acréscimo de autarcas e movimentos independentes com novas responsabilidades nas autarquias


Começou o frenesi autárquico. Há eleições no próximo ano e o processo político global arrancou mais nítido agora, depois de uma mediática disponibilidade anunciada para Lisboa. E logo a seguir virão múltiplas disponibilidades por esse país fora, nos 308 concelhos, com as forças vivas locais, com os partidos políticos e com os movimentos cívicos.

Interessa lembrar que são estas as eleições que geram o maior número de eleitos, em municípios, juntas e respetivas assembleias. Não há nada de novo no frenesi, é o calendário político normal a funcionar, e como sempre acontece quando há eleições, as atenções irão recair mais intensamente sobre o dia-a-dia deste processo, a um ano que estamos do sufrágio.

As leituras e as interpretações obedecem a diversos níveis de abordagem mas, mal ou bem, a verdade é que mais do que a presença de uma discussão política aprofundada, a ideia dominante é sempre a de transpor os putativos resultados nacionais para a área política da governação e saber se esses resultados darão ou não azo a consequências políticas nacionais. A esse respeito, não me parece que venham por aí grandes surpresas em 2017.

Antevejo até, nesse quadro ímpio e desinteressante de uma mera leitura nacional de resultados, um meritório reforço da legitimação governativa atual e uma tristonha derrota da oposição. Mas ainda enquanto previsão, arriscaria até um acréscimo de autarcas e movimentos independentes com novas responsabilidades nas autarquias. Será porventura essa a maior e mais exigente novidade, a seguir com atenção, enquanto desafio às formas tradicionais de fazer política. A ver vamos.

Escreve à terça-feira


Antevendo


Enquanto previsão, arriscaria até um acréscimo de autarcas e movimentos independentes com novas responsabilidades nas autarquias


Começou o frenesi autárquico. Há eleições no próximo ano e o processo político global arrancou mais nítido agora, depois de uma mediática disponibilidade anunciada para Lisboa. E logo a seguir virão múltiplas disponibilidades por esse país fora, nos 308 concelhos, com as forças vivas locais, com os partidos políticos e com os movimentos cívicos.

Interessa lembrar que são estas as eleições que geram o maior número de eleitos, em municípios, juntas e respetivas assembleias. Não há nada de novo no frenesi, é o calendário político normal a funcionar, e como sempre acontece quando há eleições, as atenções irão recair mais intensamente sobre o dia-a-dia deste processo, a um ano que estamos do sufrágio.

As leituras e as interpretações obedecem a diversos níveis de abordagem mas, mal ou bem, a verdade é que mais do que a presença de uma discussão política aprofundada, a ideia dominante é sempre a de transpor os putativos resultados nacionais para a área política da governação e saber se esses resultados darão ou não azo a consequências políticas nacionais. A esse respeito, não me parece que venham por aí grandes surpresas em 2017.

Antevejo até, nesse quadro ímpio e desinteressante de uma mera leitura nacional de resultados, um meritório reforço da legitimação governativa atual e uma tristonha derrota da oposição. Mas ainda enquanto previsão, arriscaria até um acréscimo de autarcas e movimentos independentes com novas responsabilidades nas autarquias. Será porventura essa a maior e mais exigente novidade, a seguir com atenção, enquanto desafio às formas tradicionais de fazer política. A ver vamos.

Escreve à terça-feira