Política de juventude, quem a define?


Infelizmente, o Partido Socialista não percebe muito de juventude e desporto, e não é só de agora, basta ver as escolhas que fez ao longo destes 40 anos


“Em profundo desacordo com o Senhor Ministro da Educação no que diz respeito à política para a juventude e desporto (…)” (“DN” 15-04-2016)

Estes foram os termos usados pelo ex-secretário de Estado da Juventude para explicar por que razão abandonava o cargo!

Recuando 36 anos, recordamos uma história contada por amigo íntimo depois de ter sido convidado para secretário de Estado da Juventude e Desporto pelo ministro-sombra da Educação de um partido político. Este ter-lhe-á dito: “Meu amigo, as suas ideias não me interessam para nada, o senhor irá fazer aquilo que o partido decidir.” É evidente que o meu amigo continuou na sua vida profissional, de onde nunca saiu.

Isto para dizer que os ministros da Educação não percebem nada de juventude e desporto, e quando são muito novos têm a tentação de se meter em tudo. Daí a vantagem da escolha de ministros da Educação mais velhos, como um que até escolheu para secretário de Estado da Juventude um juiz de direito que da matéria percebia zero!

Ora ficou publicamente provado que quem manda na Secretaria de Estado da Juventude é o ministro da Educação. Assim, esperamos que ele escolha consultores, como faz o primeiro-ministro, com várias dezenas, para definir o que fazer com a pasta da Juventude.

Antes de agir é preciso pensar e ao pensar é preciso definir se é para prestar um serviço ao país, e ajudar a juventude a resolver alguns dos seus problemas, ou se a vamos pôr a jogar à bola no Estádio Nacional!? É que se for só para isso, qualquer pessoa serve.

É que temos para nós que, infelizmente, o Partido Socialista não percebe muito de juventude e desporto, e não é só de agora, basta ver as escolhas que fez ao longo destes 40 anos!!!

Ficamos a aguardar que o jovem ministro da Educação defina qual vai ser a “sua” política de juventude e desporto para depois podermos tecer algumas considerações construtivas.

Por outro lado, pensamos que o ministro errou na primeira escolha que fez, já que nenhum estadista sai do governo com uma declaração daquelas, pondo em causa publicamente aquele que até aí foi seu ministro. É falta de solidariedade, é falta de educação e falta de elevação política.

E assim recordo a história deste meu amigo, que só contou a sua história 36 anos depois, sem nomes, sem comentários. Só a relatou para mostrar que nada mudou, a política parece que é mesmo assim, mas é por isso que só conseguem recrutar pessoas que percebem pouco do setor e o que precisam é de emprego.

Talvez tenhamos de esperar mais 40 anos para que tudo isto mude, ou seja, ainda estão por nascer aqueles que virão mudar a práxis desta política pobre.

Sociólogo


Política de juventude, quem a define?


Infelizmente, o Partido Socialista não percebe muito de juventude e desporto, e não é só de agora, basta ver as escolhas que fez ao longo destes 40 anos


“Em profundo desacordo com o Senhor Ministro da Educação no que diz respeito à política para a juventude e desporto (…)” (“DN” 15-04-2016)

Estes foram os termos usados pelo ex-secretário de Estado da Juventude para explicar por que razão abandonava o cargo!

Recuando 36 anos, recordamos uma história contada por amigo íntimo depois de ter sido convidado para secretário de Estado da Juventude e Desporto pelo ministro-sombra da Educação de um partido político. Este ter-lhe-á dito: “Meu amigo, as suas ideias não me interessam para nada, o senhor irá fazer aquilo que o partido decidir.” É evidente que o meu amigo continuou na sua vida profissional, de onde nunca saiu.

Isto para dizer que os ministros da Educação não percebem nada de juventude e desporto, e quando são muito novos têm a tentação de se meter em tudo. Daí a vantagem da escolha de ministros da Educação mais velhos, como um que até escolheu para secretário de Estado da Juventude um juiz de direito que da matéria percebia zero!

Ora ficou publicamente provado que quem manda na Secretaria de Estado da Juventude é o ministro da Educação. Assim, esperamos que ele escolha consultores, como faz o primeiro-ministro, com várias dezenas, para definir o que fazer com a pasta da Juventude.

Antes de agir é preciso pensar e ao pensar é preciso definir se é para prestar um serviço ao país, e ajudar a juventude a resolver alguns dos seus problemas, ou se a vamos pôr a jogar à bola no Estádio Nacional!? É que se for só para isso, qualquer pessoa serve.

É que temos para nós que, infelizmente, o Partido Socialista não percebe muito de juventude e desporto, e não é só de agora, basta ver as escolhas que fez ao longo destes 40 anos!!!

Ficamos a aguardar que o jovem ministro da Educação defina qual vai ser a “sua” política de juventude e desporto para depois podermos tecer algumas considerações construtivas.

Por outro lado, pensamos que o ministro errou na primeira escolha que fez, já que nenhum estadista sai do governo com uma declaração daquelas, pondo em causa publicamente aquele que até aí foi seu ministro. É falta de solidariedade, é falta de educação e falta de elevação política.

E assim recordo a história deste meu amigo, que só contou a sua história 36 anos depois, sem nomes, sem comentários. Só a relatou para mostrar que nada mudou, a política parece que é mesmo assim, mas é por isso que só conseguem recrutar pessoas que percebem pouco do setor e o que precisam é de emprego.

Talvez tenhamos de esperar mais 40 anos para que tudo isto mude, ou seja, ainda estão por nascer aqueles que virão mudar a práxis desta política pobre.

Sociólogo