Desporto. 5 mitos ‘desmascarados’

Desporto. 5 mitos ‘desmascarados’


Muitos atletas seguem estas medidas ‘à risca’ e recusam-se a praticar exercício físico sem as seguir. Mas estarão estes factos comprovados cientificamente ou serão apenas mitos?


O site Outside fez uma lista das medidas seguidas por muitos atletas e ‘desmistificou-as’.

1.    “Beber sumo é a melhor forma de obter nutrientes”: “Se o sumo não for feito a partir da polpa, é melhor optar por um batido”, afirma a nutricionista Nancy Clark. Os batidos “incluem a fibra, a pele e todos os benefícios” que existem num alimento. Para além disso “um batido tende a possuir mais proteínas se for feito com iogurte grego”. No entanto, estes batidos podem ser altamente calóricos, afirma a nutricionista Monique Ryan – “Parecendo que não, está a ingerir seis frutos de uma só vez”. Ou seja, sumos e batidos são sempre bem-vindos, mas o melhor mesmo é comer os alimentos inteiros.

2.     “As massagens ajudam a recuperar”: Um estudo realizado em 2010 por um grupo de investigadores canadianos da Ontario’s Queen’s University mostra que as massagens após os treinos não melhoram a circulação – chegam mesmo a reduzir a circulação sanguínea, já que comprimem os vasos sanguíneos. No entanto, um outro estudo realizado em 2013 mostra que as massagens, desde que sejam feitas uniformemente, resultam. Assim sendo, não há problema em ‘esfregar’ um pouco os músculos logo após o exercício físico, desde que seja de um modo uniforme e no máximo 15 minutos após o treino.

3.    “Fazer muito exercício de resistência faz mal ao coração”: “A saúde de quem corre até 64 quilómetros por semana”, explica Paul T. Williams, o investigador principal da National Runners’ Health Study – que acompanha 110 mil praticantes de jogging e 40 mil praticantes de marcha. Williams afirma que a saúde de uma pessoa (e o coração, especificamente) não se deteriora quando não se ultrapassa estes quilómetros. Aliás, as pessoas que correm mais de 5 quilómetros por dia têm menos 32% de risco de ter uma arritmia cardíaca. 

4.    “Só os atletas de alta competição é que precisam de treino mental”: Num estudo realizado em 1967, um psicólogo australiano dividiu vários basquetebolistas em três grupos – um grupo jogou ‘à vontade’ durante 20 dias, e os outros dois só puderam encestar no primeiro e no último dia. No entanto, um destes dois últimos grupos via todos os dias durante 20 minutos várias imagens de atletas a encestar. Conclusão: Os que mais melhoraram foram os que praticavam todos os dias (24%). Mas aqueles que viam imagens diariamente tiveram uma melhoria muito semelhante ao grupo anterior (23%). Os que não praticavam, nem viam imagens foram os que menos melhoraram.  Assim sendo, dedique-se também ao treino psicológico – sente-se num sítio sossegado e relaxante durante 20 minutos e pense (ou se conseguir visualize) os vários passos necessários para alcançar os seus objectivos.

5.    “É necessário seguir uma dieta específica”: “Eu não receito uma dieta a ninguém”, explica Monique Ryan. “Baseio-me sempre no treino de cada atleta” e nos seus objectivos. Ou seja, nenhuma dieta será perfeita para todos os atletas. A rotina alimentar ideal depende dos seus objectivos, da sua saúde, da sua constituição física e do tipo de treino que faz.

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